Será uma mensagem que o próprio Marcelo Rebelo de Sousa promete ser “discreta”, por ainda não ter decidido se se recandidata ou não ao cargo, decisão essa que está “longe” de ser tomada.
Marcelo chegou à ilha, apesar das previsões de mau tempo, com chuva e vento, na terça-feira à tarde e fez o “reveillon” com a população da ilha, acompanhado pelo presidente do Governo regional dos Açores, Vasco Cordeiro.
E a ideia de passar o fim de ano, segundo revelou, foi do ex-ministro e antigo presidente da Assembleia da República do PS Jaime Gama, um açoriano.
Este ano, e pela primeira vez, a mensagem de Ano Novo do Presidente é transmitida a partir do Corvo, nos Açores, e seis horas antes do habitual: é à hora do almoço, cerca das 12:00 (13:00 em Lisboa), em vez das 21:00.
Eleito em 24 de janeiro de 2016, Marcelo Rebelo de Sousa tomou posse em 09 de março e fez a sua primeira mensagem aos portugueses, através da televisão, em 01 de janeiro de 2017.
Hoje, Marcelo Rebelo de Sousa faz a sua quarta mensagem de Ano Novo como Presidente, depois dos elogios e avisos de 2017, de ter pedido prudência em 2018 e “bom senso” em 2019.
Na sua primeira mensagem de Ano Novo, em 01 de janeiro de 2017, com o Governo minoritário do PS, e o apoio da esquerda, há pouco mais de um ano em funções, Rebelo de Sousa descreveu 2016 como o ano da “gestão imediata”, em que foram dados “pequenos passos” e desejou que o ano tivesse mais “crescimento económico”.
Um ano depois, fez um “balanço positivo” de 2017, mas lamentou o crescimento económico “tardio e insuficiente”, os cortes de financiamento em “domínios sociais”, a dívida pública “muito elevada” e a justiça lenta.
O ano de 2017 foi marcado pelos grandes incêndios florestais, em junho e outubro, que fizeram mais de 100 mortos, centenas de feridos e milhões de euros de prejuízos, no interior do país.
Foram acontecimentos que puseram o Presidente a visitar a zonas atingidas, pressionando a resolução dos problemas das famílias afetadas, o que o levou a dizer, no primeiro dia de 2018, que aquele tinha sido um ano “estranho e contraditório”, “povoado de reconfortantes alegrias e de profundas tristezas”.
“O passado bem recente serve para apelar a que, no que falhou em 2017, se demonstre o mesmo empenho revelado no que nele conheceu êxito. Exigindo a coragem de reinventarmos o futuro”, afirmou.
Em 2019, ano de três eleições (regionais na Madeira, europeias e legislativas), o Presidente apelou ao exercício do voto e considerou fundamental bom senso nessas campanhas, advertindo que radicalismos, arrogâncias e promessas impossíveis destroem a democracia.
As mensagens de Ano Novo do atual chefe de Estado têm sido curtas, com uma duração média de cerca de oito minutos.
Como é habitual, os maiores partidos com representação parlamentar, à exceção do PSD, têm previstas para hoje declarações para comentar as palavras do Chefe do Estado.
Lusa