O primeiro-ministro apontou hoje 2012 como “um ano de viragem económica para o país”, sublinhando que se mostrará aos portugueses que os sacrifícios que estão a fazer “não serão em vão”.
“Vamos ter um ano de grandes exigências, mas que será também um ano de viragem económica para o país, é aquilo em que o Governo e também eu próprio firmemente acreditamos”, afirmou o chefe do executivo, na abertura do debate quinzenal na Assembleia da República.
Começando por se dirigir à câmara para desejar um Bom Ano, naquela que foi a sua primeira intervenção parlamentar de 2012, Passos Coelho sustentou que o ano que agora teve início será um ano de viragem, durante o qual o país mostrará que cumpre as suas obrigações.
Além disso, acrescentou, será também o ano em que se mostrará aos portugueses que “os seus sacrifícios não serão em vão” e têm como consequência “restaurar a credibilidade e a confiança externa do país e ao mesmo tempo lançar as condições saudáveis para o crescimento no futuro”.
Passos Coelho ressalvou, contudo, que tudo isso depende da forma como será executado o Orçamento e da manutenção da vontade de levar até ao fim as reformas estruturais que são necessárias.
A este propósito, o primeiro-ministro notou a responsabilidade do Parlamento no acompanhamento e, em alguns casos, na aprovação dessas mesmas reformas estruturais.
Antes da intervenção do chefe do executivo, o líder parlamentar do CDS-PP, Nuno Magalhães, partido que abriu esta manhã o primeiro debate quinzenal com o primeiro-ministro no Parlamento de 2012, falou também da necessidade de Portugal cumprir os compromissos que assumiu com a ?troika’, deixando uma crítica indireta ao PS.
“Parece que afinal agora voltaram à tese que não há problema nenhum e podemos de alguma forma aligeirar aquilo que é uma obrigação essencial de um Estado”, disse, depois de recordar que muitos dos que “falam que a solução é não pagar, não cumprir ou cumprir mas renegociar”, “esquecem-se que são precisamente aqueles que há um ano diziam que não existia problema nenhum” e, três meses depois, pediam assistência financeira.
Na sua intervenção, Nuno Magalhães destacou ainda o facto de esta semana Portugal ter conseguido “ir aos mercados, colocar dívida, ter procura e ter a mais baixa taxa de juros de sempre desde que está sujeito a ao programa de assistência”.
O líder parlamentar do CDS-PP levou também ao debate a nova Lei do Arrendamento, assinalando que se trata de uma “uma reforma necessária, por muitos e durante muito tempo prometida, por outros anunciada, por alguns até tentada, mas nunca conseguida e permanentemente adiada”, e deixando elogios ao “ímpeto reformador” do executivo de maioria PSD/CDS-PP liderado por Pedro Passos Coelho.
“É uma reforma feita para todas as pessoas, uma lei que favorece as pessoas”, corroborou o primeiro-ministro.
Lusa