O arquiteto Siza Vieira disse que as prioridades do projeto do Centro Interpretativo de Angra do Heroísmo, cujo estudo prévio foi hoje apresentado, são “recuperar, ampliar e resistir”, comprometendo-se a “não estragar o que está feito” na cidade.
“Não estou muito interessado em pôr a assinatura, eu estou interessado sim em não borrar a assinatura”, ironizou Álvaro Siza Vieira, responsável pelo projeto de transformação da Casa dos Pamplona, na Rua do Marquês, no centro histórico de Angra do Heroísmo, cidade Património Mundial.
O projeto do centro interpretativo foi apresentado nos Paços do Concelho. A obra deverá arrancar no final de 2014 com um custo de cerca de dois milhões de euros.
“O arquiteto deve resistir à tentação de pôr a assinatura, às vezes também dizem deixar a marca. Aqui o que é preciso é rigor e restabelecer o que era a arquitetura, neste caso belíssima”, sublinhou.
O edifício que vai dar lugar ao Centro Interpretativo de Angra do Heroísmo terá duas alas separadas por um jardim e um terraço e terá como pontos centrais, segundo a presidente da Câmara Municipal de Angra do Heroísmo, salas de exposições, área de cafetaria e auditório.
“Quem nos visita precisa de um espaço que possa visitar e a partir daí sair para a cidade e conhecer melhor a cidade, já com outra ideia do que é que esse Património Mundial representa para o município. O que este espaço vem fazer é permitir isso mesmo é que as pessoas primeiro se desloquem ao centro interpretativo, percebam todo o contexto e depois quando saem para visitar a cidade já têm uma noção muito mais alargada do que é que isto representa”, disse Sofia Couto.
Lusa