O secretário regional da Agricultura e Florestas defendeu sexta-feira, na ilha do Faial, que a produção agrícola nos Açores “deve ser acima de tudo orientada para o mercado”.
No encerramento da conferência que o Sindicato da Agricultura, Alimentação e Florestas (SETAA) promoveu no polivalente da freguesia dos Flamengos, Noé Rodrigues alegou que hoje em dia “já não basta produzir por produzir”.
“Nos Açores não temos dimensão económica para, em escala, estarmos a concorrer”, considerou Noé Rodrigues, adiantando que o importante é apostar na qualidade e aproveitar as vantagens que de que a Região dispõe devido ao seu modo específico de produção e à tipicidade dos produtos regionais.
Segundo referiu, os Açores “possuem meios e recursos” para desenvolver essa estratégia, mas é fundamental “fugir à tentação do lucro fácil” no sector.
Nos últimos anos “quase duplicamos os apoios ao rendimento dos agricultores” e, nos próximos tempos, vamos ter também um “reforço das acções de acompanhamento e de aconselhamento técnico dos empresários agrícolas”, disse o secretário regional.
Sublinhou, ainda, que os agricultores açorianos, como uns dos principais “obreiros da paisagem que os Açores oferecem”, não devem temer o desenvolvimento da indústria turística, até porque “quanto mais turistas, mais mercado para venda dos produtos regionais”.
A propósito da qualidade dos produtos regionais, sejam de natureza vegetal ou animal, Noé Rodrigues adiantou também que os Açores são a região do país com melhores índices ao nível da implementação de sistemas de controlo de qualidade.
O governante apontou, ainda, como fundamental haver “diálogo social” para que os Açores prossigam nesta caminhada de desenvolvimento do sector agrícola.
“O direito à informação, consulta e participação nas empresas e organismos, como vector do diálogo social, do desenvolvimento regional e do emprego” foi o tema da conferência sindical que o SETAA promoveu nos Flamengos.
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