Apesar do aumento verificado na produção de leite no arquipélago, na ilha de S. Miguel, cuja produção representa cerca de dois terços do total regional, verificou-se uma quebra de 1,2 por cento.
No primeiro semestre deste ano, os produtores micaelenses entregaram à indústria de lacticínios 180,5 milhões de litros de leite, contra 182,7 milhões no mesmo período do ano passado.
Para o presidente da Associação Agrícola de S. Miguel, Jorge Rita, esta quebra de produção é uma consequência da redução dos preços pagos pela indústria.
“O baixo preço de leite praticado faz com que haja alguma desmotivação na produção”, afirmou Jorge Rita, em declarações à Lusa, sublinhando que se têm registado desde o ano passado vários recuos nos valores pagos pelas fábricas.
Os dados estatísticos referentes ao primeiro semestre deste ano indicam ainda que também se registaram quebras no volume de leite entregue à indústria de lacticínios nas ilhas do Faial, S. Jorge, Flores e Corvo, ao contrário do que sucedeu no Pico, Terceira e Graciosa, onde aumentou.
O Pico foi a ilha que registou o maior aumento de produção no primeiro semestre deste ano, com 8,5 milhões de litros de leite, contra 4,7 milhões produzidos no mesmo período de 2009.