Num comunicado envidado à imprensa, o MPEPDA entende que as declarações da secretária regional da Educação e Formação, Cláudia Cardoso, sobre esta matéria só podem ser entendidas como “uma manobra de diversão a escassos meses das eleições” legislativas regionais.
“A haver necessidade de tantos docentes para o sistema educativo regional, por que razão vão eles continuar a ser precários?”, questionam os professores desempregados do arquipélago, que, embora considerem tratar-se de uma “boa notícia”, alegam não estarem “descansados”.
O MPEPDA recorda que, ainda no ano passado, a titular da pasta da Educação nos Açores decidiu cortar na contratação de professores, empurrando para o desemprego “centenas de docentes necessários às escolas do arquipélago”.
Por isso, o recente anúncio de Cláudia Cardoso sobre serem necessários mais 200 docentes para reagir à redução do número de alunos por turma é visto pelos professores precários como um meio de “propaganda” eleitoral e uma “enorme falta de coerência” de quem, ainda há pouco tempo, anunciou a abertura de apenas 30 vagas no concurso externo.
“Este anúncio, em jeito de propaganda, mais parece um mero caso de fogo de vista, com o objetivo claro de ganhar alguns votos à custa dos professores precários e desempregados que trabalham na região”, aponta o MPEPDA.
Os professores precários e desempregados dizem que vão aguardar, mesmo assim, até 28 de agosto (dia em que está prevista a publicação da lista de colocações), para perceberem se o Governo Regional está realmente preocupado com os alunos açorianos ou com “as eleições regionais” de outubro.
Lusa
