Mais de cem professores protestaram ontem nas ilhas Faial e Terceira contra o estatuto da carreira docente.
Os professores fizeram coincidir os seus protestos com o início do debate, no Parlamento Regional, do diploma governamental que consagra o novo estatuto da carreira docente, o qual tem sido alvo de várias críticas e de outras tantas manifestações, aliás, como aconteceu na última sexta-feira em Ponta Delgada.
Ontem, junto ao hemiciclo, não foram muitos os manifestantes, no entanto, o tempo também não terá ajudado. De qualquer modo, Armando Dutra, dirigente do Sindicato dos Professores da Região Açores, reconheceu que em sede negocial algumas das propostas dos professores até foram atendidas pela tutela, mas, adverte, “não foi suficiente”.
A manifestação visou assim apelar aos deputados que suportam a maioria (PS) para que não sejam uma mera caixa de ressonância do Governo Regional e que, portanto, saibam ouvir as propostas dos restantes grupos parlamentares e agir em conformidade com os anseios e direitos dos professores.
Também ontem, mas na ilha Terceira, uma centena de professores ligados ao SPRA manifestou-se com apitos e cartazes em frente da Secretaria Regional da Educação e Formação.
“Entregámos à secretária regional uma moção aprovada no plenário de professores que reivindica todos os aspectos que foram propostos durante as negociações e que não foram contemplados”, revelou o dirigente sindical António Lucas.
As reivindicações abrangem as questões dos horários de trabalho, a avaliação e a estrutura da carreira.
No caso dos horários de trabalho, os professores contestam o facto de as reuniões não estarem contempladas como horário de trabalho, “o que origina que um professor passe mais que as 24 horas que estão estabelecidas para permanecer no estabelecimento de ensino”.
Por outro lado, defendem que a avaliação seja feita por módulo de tempo de serviço enquanto no caso da observação das aulas foram criadas diferenças em função da posição da carreira em que se encontram os professores.
Ou seja, prosseguiu António Lucas, “para os professores que estão nos primeiro e segundo escalões a avaliação é somativa e para os do terceiro, quarto e quinto é formativa quando devia ser o contrário, além de que não há observações de aula para os professores que estão no topo da carreira”.
De acordo com António Lucas, a observação “devia ser apenas quando os professores pretendessem uma classificação de muito bom ou excelente ou quando a escola detectasse más práticas”.
Susana Amaral, uma das professoras ouvidas pela Agência Lusa, afirmou que “não concordava com a observação dos professores porque divide a classe uma vez que não é para todos”.
Ao som dos apitos e com cartazes em que os professores disseram “não a esta revisão do estatuto”, em que pediam “avaliação formativa para todos” e se mostravam “contra a ilegalidade dos horários”, aquela docente sustentou que a classe não tem medo de ser avaliada “só que isso não acontece em mais nenhuma profissão”.
Ou seja, os professores pretendem apenas “alertar os senhores deputados para os aspectos negativos do documento”.
O facto é que dificilmente os protestos dos professores vão conhecer eco junto da maioria.
Ontem, a deputada do PS/Açores, Cláudia Cardoso, preferiu enfatizar que o Governo Regional “foi agente da alteração (estatuto) e não reagiu apenas a uma circunstância que, em boa verdade, se vivia nas escolas”, tendo salientando a disponibilidade do Executivo neste processo.
Ainda assim o PS/Açores não se livrou das críticas da oposição que acusou os socialistas de se limitarem a fazer copy/paste do memorando de um dos sindicatos de professores envolvidos no processo de negociação.
Ontem, junto ao hemiciclo, não foram muitos os manifestantes, no entanto, o tempo também não terá ajudado. De qualquer modo, Armando Dutra, dirigente do Sindicato dos Professores da Região Açores, reconheceu que em sede negocial algumas das propostas dos professores até foram atendidas pela tutela, mas, adverte, “não foi suficiente”.
A manifestação visou assim apelar aos deputados que suportam a maioria (PS) para que não sejam uma mera caixa de ressonância do Governo Regional e que, portanto, saibam ouvir as propostas dos restantes grupos parlamentares e agir em conformidade com os anseios e direitos dos professores.
Também ontem, mas na ilha Terceira, uma centena de professores ligados ao SPRA manifestou-se com apitos e cartazes em frente da Secretaria Regional da Educação e Formação.
“Entregámos à secretária regional uma moção aprovada no plenário de professores que reivindica todos os aspectos que foram propostos durante as negociações e que não foram contemplados”, revelou o dirigente sindical António Lucas.
As reivindicações abrangem as questões dos horários de trabalho, a avaliação e a estrutura da carreira.
No caso dos horários de trabalho, os professores contestam o facto de as reuniões não estarem contempladas como horário de trabalho, “o que origina que um professor passe mais que as 24 horas que estão estabelecidas para permanecer no estabelecimento de ensino”.
Por outro lado, defendem que a avaliação seja feita por módulo de tempo de serviço enquanto no caso da observação das aulas foram criadas diferenças em função da posição da carreira em que se encontram os professores.
Ou seja, prosseguiu António Lucas, “para os professores que estão nos primeiro e segundo escalões a avaliação é somativa e para os do terceiro, quarto e quinto é formativa quando devia ser o contrário, além de que não há observações de aula para os professores que estão no topo da carreira”.
De acordo com António Lucas, a observação “devia ser apenas quando os professores pretendessem uma classificação de muito bom ou excelente ou quando a escola detectasse más práticas”.
Susana Amaral, uma das professoras ouvidas pela Agência Lusa, afirmou que “não concordava com a observação dos professores porque divide a classe uma vez que não é para todos”.
Ao som dos apitos e com cartazes em que os professores disseram “não a esta revisão do estatuto”, em que pediam “avaliação formativa para todos” e se mostravam “contra a ilegalidade dos horários”, aquela docente sustentou que a classe não tem medo de ser avaliada “só que isso não acontece em mais nenhuma profissão”.
Ou seja, os professores pretendem apenas “alertar os senhores deputados para os aspectos negativos do documento”.
O facto é que dificilmente os protestos dos professores vão conhecer eco junto da maioria.
Ontem, a deputada do PS/Açores, Cláudia Cardoso, preferiu enfatizar que o Governo Regional “foi agente da alteração (estatuto) e não reagiu apenas a uma circunstância que, em boa verdade, se vivia nas escolas”, tendo salientando a disponibilidade do Executivo neste processo.
Ainda assim o PS/Açores não se livrou das críticas da oposição que acusou os socialistas de se limitarem a fazer copy/paste do memorando de um dos sindicatos de professores envolvidos no processo de negociação.
PL/HB/lusa