Paulo Araújo falava aos jornalistas após um encontro com o deputado regional do PCP/Açores, Aníbal Pires, no âmbito de uma série de audiências que a associação tem vindo a promover junto dos partidos com assento na Assembleia Legislativa Regional.
Segundo Paulo Araújo, há “uma falta da dimensão plural com as alterações, assistindo-se a uma menor valorização das disciplinas das áreas artísticas e do saber científico, em virtude do reforço das disciplinas consideradas nucleares”.
De acordo com a Associação de Professores de Educação Visual e Tecnológica, o currículo nacional “continua a manter uma ênfase grande nas disciplinas e nas áreas curriculares não disciplinares do saber fazer”, enquanto na região “há o reforço do número de horas da matemática e do português e o desaparecimento de algumas áreas curriculares como a área de projecto e o estudo acompanhado, embora substituídas por outras”.
“Não estamos de acordo com este desenho curricular”, frisou Paulo Araújo, alertando que a experiência “já implementada este ano lectivo”, aponta no sentido de “atirar para segundo plano as disciplinas artísticas”.
Na sua perspectiva, “é completamente impensável que não exista uma área específica no corpo do currículo ao nível do 3º ciclo, porque pura e simplesmente desapareceu, pois é uma disciplina de opção”.
A associação vai também reunir esta semana com o grupo parlamentar do PS e Bloco de Esquerda.