“Nesta primeira fase contamos ultrapassar os 50 pedidos para este programa de recuperação de empresas, que será dado por consultores especializados nas vertentes de consultoria de gestão, jurídica e financeira”, afirmou Sandro Paim, presidente da CCAH, em declarações à Lusa.
Sandro Paim revelou que foram recebidas 47 inscrições de empresas da ilha Terceira e mais cerca de duas dezenas de empresas dos núcleos da CCAH das ilhas de S. Jorge e Graciosa.
O presidente da CCAH salientou que, na seleção das candidaturas, “será dada prioridade às empresas com maiores dificuldades”, acrescentando que este programa se desenvolve por fases, sendo a primeira um diagnóstico de avaliação da empresa, das suas dificuldades e da sua viabilidade.
Caso a empresa seja viável, passa a uma segunda fase, de reestruturação empresarial, “com ações muito específicas”, seguindo-se uma terceira fase, de “acompanhamento do plano de recuperação e de avaliação do sucesso das medidas implementadas”.
O programa lançado pela CCAH destina-se principalmente a micro e pequenas empresas, mas Sandro Paim revelou que abrangerá posteriormente “setores mais específicos”, nomeadamente a construção civil, acrescentando que o objetivo é disponibilizar consultoria a cerca de 150 empresas.
“O objetivo é ajudar a reestruturar as empresas que ainda têm viabilidade económica”, frisou Sandro Paim, acrescentando que, caso a empresa não tenha viabilidade, haverá também “consultoria no encerramento, através de apoio jurídico nos processos de negociação com as Finanças e a Segurança Social”.
Nestes casos, a CCAH poderá ainda apoiar o empresário na requalificação e num plano para criar um novo negócio.
Os empresários abrangidos por este programa vão pagar, em média, 150 euros pela consultadoria, recordando Sandro Paim que, em situações normais, “teriam que desembolsar entre sete a dez mil euros, dependendo da dimensão da empresa”.
As empresas que optarem pelo encerramento não pagam esta consultadoria.
Lusa