Os dados foram avançados pelo presidente do programa, Carlos César, que presidente também ao Governo dos Açores, numa Assembleia-Geral das Regiões da Europa (ARE), em Ponta Delgada.
“O programa Eurodisseia pode ser, e é, uma importante ferramenta de cooperação externa”, destacou o governante açoriano, dando como exemplo o trabalho de cooperação conseguido entre a Europa e o Quebeque e também no caso da Tunísia, no âmbito de uma política de abertura da ARE.
Carlos César lembrou, com agrado, os contactos de entidades oficiais de países como o México, Marrocos, Paquistão, Senegal e Austrália, feitos com o objetivo de ter mais informação sobre o Eurodisseia.
Segundo o presidente do programa, nos últimos cinco anos o Eurodisseia foi apresentado em 38 comissões de 29 regiões europeias, aproximando-o do sucesso de outros programas comunitários como o Leonardo da Vinci ou o EURES.
“Fomos contactados por mais de dez mil jovens, cerca de metade dos quais estagiaram no Eurodisseia, movimentando mais de 15 milhões de euros em bolsas e apoios para estágios de mais de duas mil empresas europeias”, recordou o chefe do executivo açoriano.
O Eurodisseia teve o seu início em setembro de 1985 e é o único programa de mobilidade profissional na Europa, procurando promover, em simultâneo, a mobilidade e a empregabilidade dos jovens das várias regiões envolvidas.
O programa, que envolve 42 regiões da Europa, é presidido há cinco anos consecutivos pelos Açores, que estão a iniciar o sexto ano de gestão da iniciativa.
“Devo aqui, por isso, voltar a manifestar o desafio que tem sido para mim presidir a tão prestigiada iniciativa da Assembleia das Regiões da Europa”, destacou Carlos César.
Carlos César adiantou que, no âmbito do Observatório Europeu da Mobilidade Profissional, foi lançado, entretanto, um estudo sobre o impacto na empregabilidade dos jovens profissionais que passam pelo Eurodisseia. Os resultados desse trabalho serão divulgados oportunamente.