Programa Jovem Agricultor visa garantir a sustentabilidade futura da agricultura nos Açores, afirma João Ponte

O Secretário Regional da Agricultura e Florestas afirmou hoje, em Ponta Delgada, que o programa Jovem Agricultor, a aprovar até ao final deste ano, visa garantir a sustentabilidade futura da agricultura nos Açores, através da entrada de mais jovens para o setor e contemplando majorações de apoios já existentes, a criação de novos incentivos e uma aposta na formação profissional.

“Trata-se de um programa ambicioso, que visa tornar o setor agrícola ainda mais atrativo para a entrada de jovens”, salientou João Ponte, acrescentando que, apesar dos Açores terem a maior taxa de participação de jovens na agricultura do país, é necessário começar a preparar o futuro e apostar no rejuvenescimento do setor na Região.

João Ponte, que falava no final de uma reunião com as direções da Federação Agrícola dos Açores e da Associação de Jovens Agricultores Micaelenses para a apresentação deste novo programa, destacou que, deste modo, o Executivo está também a cumprir com um compromisso assumido no Programa de Governo.

O Secretário Regional referiu que o programa Jovem Agricultor, cujo documento final o Governo Regional pretende consensualizar com as organizações representativas da agricultura, partiu de um diagnóstico efetuado ao setor, num inquérito realizado a cerca de 7.000 agricultores, dando origem a um conjunto variado de medidas importantes para o tornar ainda mais atrativo para os jovens.

Além da majoração de apoios e incentivos que atualmente já existem, nomeadamente ao nível da aquisição de reprodutores bovinos e no Regime de Incentivos à Compra de Terras Agrícolas (RICTA), João Ponte adiantou que serão disponibilizadas novas medidas, como, por exemplo, a criação de uma linha apoio ao crédito para consolidação da instalação do jovem agricultor, que poderá ser utilizada por quem já esteja a trabalhar no setor há cinco anos.

Por outro lado, o governante frisou que este programa reflete uma grande aposta ao nível da formação dos jovens agricultores, quer através de uma medida de apoio à formação, quer propondo a criação de um curso, com equivalência ao 12.º ano, na área da agricultura e pecuária, com caráter de permanência e a ministrar num estabelecimento de ensino oficial, em parceria com a Associação Agrícola de São Miguel e a Associação de Jovens Agricultores Micaelenses.

João Ponte considerou igualmente importante a criação de um complemento regional à ajuda ao prémio de primeira instalação no setor, que será atribuído durante os primeiros cinco anos do projeto, altura em que, por norma, existe maior dificuldade por parte dos jovens agricultores em garantir a sustentabilidade da sua exploração.

O governante açoriano revelou ainda que, num universo de cerca de 7.000 agricultores, cerca de 16% de explorações são geridas por jovens agricultores, com menos de 40 anos, dos quais 70% são empresários agrícolas e 60% trabalham a tempo inteiro na agricultura.

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