Projecto de cidadania envolve 25 entidades nacionais e regionais

Contribuir para a educação de “cidadãos capazes de intervir e de usufruir” é uma das apostas do projeto Cidadania e sustentabilidades para o séc. XXI. Caminhos para uma comunidade sustentável nos Açores, cujo protocolo de concretização foi assinado este sábado na Horta.O projeto, que envolve 25 entidades nacionais e regionais, entre as quais o Governo dos Açores, através das Direções Regionais da Educação e Formação e do Ambiente, pretende também “desenvolver e testar estratégias pedagógicas que visem promover e valorizar, junto das escolas e da população em geral, a riqueza do património ambiental” do arquipélago.

“Criar módulos de formação que possam se replicados nas diferentes ilhas e em contextos de educação formal, não formal e informal no âmbito da Aprendizagem ao Longo da Vida”, “desenvolver estratégias para a formação de formadores e de professores no domínio da Educação para o Desenvolvimento Sustentável (EDS)” e “contribuir para o desenvolvimento do Currículo Regional e para criar propostas para a sua implementação” são outros dos objetivos desta iniciativa, que terá a coordenação geral de Ana Maria Bettencourt, especialista de Educação. 

Nos termos do protocolo agora assinado, a concretização do projeto será feita “através da promoção da EDS, associando a arte e a fotografia, a formação científica e cultural à metodologia dos itinerários ambientais, no sentido de mobilizar a população em geral e os jovens em particular para a preservação do património ambiental e cultural dos Açores”. 

A Direção Regional da Educação e Formação terá a missão, entre outras, de “acompanhar o desenvolvimento do projeto nas escolas”, de participar na “acreditação da formação” e na “edição e divulgação dos materiais” e de promover a “articulação do projeto com o Currículo Regional da Educação Básica”. 

Dar apoio técnico na “definição dos itinerários ambientais”, apoiar a “organização dos seminários de divulgação dos produtos do projeto” e fornecer “apoio técnico à produção de conteúdos e assegurar a divulgação dos materiais” são algumas das obrigações cometidas à Direção Regional do Ambiente. 

Por sua vez, a Fundação Luso-Americana para o Desenvolvimento (FLAD) “compromete-se a cofinanciar o projeto”, enquanto o Conselho Nacional da Educação (CNE) contribuirá para a “produção e disseminação de conhecimento com vista a fundamentar posições a tomar nos vários domínios” e organizará um “seminário de reflexão e divulgação de resultados”.

Para além do Governo dos Açores, participam ainda a nível regional neste projeto a universidade, duas autarquias, nove escolas do ensino básico e secundário e três associações da área do ambiente.

Numa breve declaração aos jornalistas, no final da cerimónia, a Diretora Regional da Educação disse que o projeto “é muito importante porque permite mostrar como se trabalha em contexto”, utilizando o que existe à nossa volta. Segundo explicou Graça Teixeira, conhecendo a paisagem e a natureza que nos rodeia, os alunos “aprendem a preservar”.

Além do mais, acrescentou aquela responsável, este projeto permite ao mesmo tempo “concretizar tudo aquilo que são os objetivos do Currículo Regional, que é a contextualização das aprendizagens”.

“Só se preserva aquilo que se conhece”, insistiu Graça Teixeira, adiantando que, neste caso, “a nossa preocupação foi a de valorizar as aprendizagens”, mostrando aos alunos e aos professores como é possível, em cada área, “dar a conhecer sem passar por aspetos tão académicos, quando temos esta forma de o fazer”.

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