Projeto de emergência comunitári​a em S. Miguel apoia 50 familias por mês

Desde há dois anos que o Projeto S. Lucas, de emergência comunitária, na paróquia de São José, em Ponta Delgada, apoia mensalmente 40 a 50 famílias com cabazes alimentares para minimizar o impacto da pobreza.
“Nestes agregados familiares, 44 são menores, 31 homens e 44 mulheres, mas apoiamos ainda nove idosos”, adiantou à Lusa Duarte Melo, pároco de São José, acrescentando que chegam solicitações de “vária ordem, desde alimentação, vestuário, óculos, medicamentos, rendas de casa, água, luz…”
O projeto S. Lucas, que nasceu há dois anos da sociedade civil, permite a distribuição, todos os meses, de cabazes alimentares a famílias carenciadas, resultante do apoio de grandes superfícies, parcerias com instituições, donativos da comunidade e campanhas de angariação.
“É um apoio que não é fugaz. É durante o ano inteiro, porque todos os meses as famílias vão ao centro paroquial buscar os seus cabazes”, salientou Duarte Melo, membro da coordenação do projeto, que pretende “minimizar o impacto negativo da pobreza, do desemprego junto de famílias desprotegidas e fragilizadas pela vida”, mas que apela também a uma ação pró-ativa destes agregados familiares.
O Projeto S. Lucas – Plano de Resposta à Pobreza de S. José foi criado para dar resposta a idosos, crianças e famílias carenciadas e a sua intervenção decorre em várias frentes, nomeadamente ao nível afetivo e social, mas também disponibilizando  alimentos e vestuário.
“Vamos completar dois anos e durante este tempo o projeto tem vindo a criar raízes numa relação afetiva com as famílias e com os voluntários. É um projeto muito de proximidade à comunidade”, salientou o pároco de São José, destacando o envolvimento de voluntários nesta causa que “integra movimentos da igreja e não só”.
Com o lema “Dar de Comer a quem tem fome”, o projeto nasceu da sociedade civil, e segundo frisou o pároco, tem-se revelado uma iniciativa “muito dinâmica, com a capacidade de mobilizar as pessoas”.
Em dois anos foi também possível criar na internet uma bolsa social, um site que disponibiliza informação específica sobre as necessidades da população da paróquia e paralelamente está a nascer o projeto “Terra de Pão” que “consiste no trabalhar a terra e tirar o seu proveito através de uma horta comunitária”.
Além disso, o projeto “corresponsabiliza também as famílias” que recebem formação sobre vários temas como “sensibilização alimentar, gestão doméstica e financeira, cursos de culinária ou ainda apoio para a elaboração de currículos e como procurar um emprego”, explicou Duarte Melo.
O Projeto S. Lucas reúne vários movimentos ligados à paróquia, como o Centro Paroquial de S. José, a Conferência Vicentina, que faz cabazes com base nos donativos em articulação com o Banco Alimentar, contando ainda com o apoio da Junta de Freguesia.

 

Lusa

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