
“O projeto Sertã Solidária está numa fase de experimentação, variando de dia para dia o número de pessoas apoiadas, dependendo da quantidade de alimentos que conseguimos recolher”, afirmou Célia Pereira, coordenadora geral da Cooperativa Regional de Economia Solidária (CRESAÇOR), em declarações à Lusa.
Este projeto, que será inaugurado oficialmente quarta-feira, já recebeu a adesão de “cerca de uma dezena” de estabelecimentos de restauração, além do Banco Alimentar Contra a Fome e da Cantina da Universidade dos Açores, onde são recolhidos os excedentes alimentares que não foram utilizados, que depois são acondicionados em marmitas.
“Neste momento de crise, juntamo-nos a empresários da restauração e congregamos esforços para apoiar os cidadãos e as famílias que não estão abrangidas pelas políticas sociais”, salientou Célia Pereira, acrescentando que os beneficiários deste projeto serão sinalizadas por técnicos do Centro Comunitário de Apoio ao Imigrante e da Associação Novo Dia.
Célia Pereira revelou que o apoio a disponibilizar “depende do grau de carência das pessoas”, frisando que “cada caso é um caso”.
O projeto Sertã Solidária destina-se especialmente a pessoas que se encontram em situação económica e financeira difícil, que, depois de sinalizadas, podem levantar as refeições de forma gratuita na sede desta iniciativa, que é financiada pela Direção Regional das Comunidades e tem a Associação da Hotelaria, Restauração e Similares de Portugal (AHRESP) como entidade parceira.
Segundo Célia Pereira, o projeto também pretende promover o espírito de voluntariado dos beneficiários, que poderão colaborar na “recolha e distribuição dos alimentos”.
Lusa