“O projeto está a ser elaborado e, portanto, tendo em conta a planificação que nós temos, esse projeto avançará no ano de 2021”, declarou Berto Messias aos jornalistas, no final da reunião do executivo com o Conselho de Ilha, integrada na visita estatutária do Governo dos Açores àquela ilha.
O secretário regional destacou a “complexidade” da intervenção na aerogare, referindo que as obras têm de atender a um “conjunto de vicissitudes” e passos que têm de ser “cumpridos”, como o caso do parecer da Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC).
“Ao que parece, a primeira fase está ultrapassada e, portanto, está a ser elaborado o projeto e contamos que no ano 2021 possamos avançar com o investimento que, como foi referido, tem grande importância para o Corvo”, acrescentou.
Uma das questões levantadas pelo Conselho foi a possibilidade de os doentes deslocados poderem escolher o hospital em que serão tratados.
Sobre o assunto, Berto Messias assinalou que o hospital referência para os doentes do Corvo é o hospital da Horta, no Faial, realçando que os “procedimentos deverão continuar”, porque o que importa é assegurar os cuidados de saúde, independentemente da ilha.
“Independentemente da ilha que esteja em causa, independentemente de os utentes concordarem mais ou menos com o hospital onde têm de ir, aquilo que importa é garantir bons serviços e bons cuidados de saúde a esses utentes”, declarou.
Durante cerca de uma hora, o Governo dos Açores reuniu-se com o Conselho de Ilha do Corvo para discutir questões como o acesso a fundos comunitários, o abastecimento de mercadorias à ilha, ou a reparação dos estragos causados por intempéries.
No final, o presidente do Conselho de Ilha do Corvo fez um balanço positivo da reunião.
“Algumas questões já estão a ser tratadas, penso que o balanço [da reunião] é positivo. Obviamente que não é só nessas reuniões do Conselho de Ilha que as coisas se tratam. Durante todo o ano é altura, para a qualquer altura, podermos colocar as questões”, afirmou José Manuel Silva, também presidente da Câmara Municipal do Corvo, o único município da ilha.
Durante a reunião, o presidente do Governo Regional, Vasco Cordeiro, sublinhou que para a região ultrapassar a “conjuntura” da covid-19 é necessário “um esforço acrescido” de todos, porque a “responsabilidade não é só do Governo e das Câmaras Municipais”.
Uma das questões abordadas durante o conselho foi o abastecimento de mercadorias à ilha por via marítima, tendo a secretária regional dos Transportes, Ana Cunha, reconhecido que as “condições meteorológicas” têm impedido o abastecimento de 15 em 15 dias: “é uma situação que nos preocupa”, disse.
O Governo dos Açores chegou hoje à ilha do Corvo no âmbito da primeira visita estatuária desde o início da pandemia de covid-19.
Lusa