O Secretário Regional dos Transportes, Turismo e Energia assumiu hoje, na Assembleia Legislativa Regional, a intenção do Governo Regional de criar uma Tarifa Açores para residentes na área dos transportes aéreos inter-ilhas, “reduzindo substancialmente o preço das passagens aéreas para residentes, com um preço máximo de até 60 euros, para viagem de ida e volta, entre duas quaisquer ilhas da Região”, inscrevendo assim no Programa do Governo uma promessa eleitoral do PSD/A, que à altura fez correr alguma tinta na imprensa regional.
“A Tarifa Açores é uma medida verdadeiramente estruturante, aceleradora do mercado interno e da mobilidade dos açorianos”, sublinhou Mário Mota Borges, para quem a criação de um mercado interno é uma prioridade estratégica.
“Nos transportes, os Açores herdam uma pesada herança. Se o Sector Público Empresarial Regional foi marcado pelo seu empolamento e frequente ingerência política, nos transportes, a SATA constitui o exemplo daquilo que nunca podia ter acontecido”, afirmou o governante, referindo-se a “gravíssimas sequelas” na companhia aérea, “com implicações no presente e no futuro da Transportadora Aérea Açoriana”, mas reiterando que “a SATA é de superior interesse regional”, assumiu o compromisso de “promover a solvência da SATA”.
“Queremos manter a empresa no setor público empresarial regional, financeiramente resgatada e com gestão profissionalizada, nunca confundindo o exercício de tutela com a ingerência política na sua gestão diária”, disse.
Nas ligações aéreas com o continente, este Governo quer avaliar as atuais Obrigações de Serviço Público e o modelo vigente, confrontando-o com alternativas tecnicamente e economicamente mais vantajosas para todas as ilhas, admitindo que o Executivo, tem como princípios garantir que o preço máximo de 134€ para os residentes, e 99€ para estudantes, “não será aumentado e deve, preferencialmente, ser reduzido; que o Destino Único Açores será mantido e que o processo de reembolso aos passageiros residentes será melhorado e simplificado”.
O objetivo do Governo Regional, relativamente às atuais Obrigações de Serviço Público, “é avaliar o modelo em vigor nas ligações aéreas com o continente, confrontando-o com alternativas tecnicamente e economicamente mais vantajosas para todas as ilhas”, assegurou o Secretário Regional dos Transportes.