O Bloco de Esquerda propôs esta quinta-feira, na Assembleia Legislativa Regional, o aumento do salário mínimo regional para os 645 euros, “como forma de combater as desigualdades sociais, aproximar o salário médio dos Açores ao do resto do país, e aproximar o salário mínimo do sector privado aos salários pagos na administração pública regional”.
O deputado Paulo Mendes recordou as declarações do vice-presidente do Governo Regional que, em novembro do ano passado, anunciou que nenhum funcionário da administração pública dos Açores iria receber menos de 700 euros por mês, para afirmar que seria “da mais elementar justiça” aumentar o complemento regional ao salário mínimo por forma a garantir uma aproximação dos salários do sector privado ao do sector público.
O Executivo, em reação à esta proposta, relembrou que já houve este ano um aumento do salário mínimo na Região, pelo que “não faz qualquer sentido querer um novo aumento passados que são poucos meses”, salientando o Vice-Presidente do Governo “que o valor da retribuição mínima mensal garantida nos Açores subiu de 609 para 630 euros em janeiro, pelo que quem menos ganha no privado está agora a receber mais 266 euros por ano de que recebia no ano passado”.
Sérgio Ávila acrescentou que, no conjunto dos últimos quatro anos “verifica-se que houve um aumento de 100 euros por mês” no valor do salário mínimo, daqui resultando que os trabalhadores do setor privado que “recebem o salário mínimo ganham agora, por ano, nos Açores, mais 1.400 euros do que em 2015”.
A proposta foi rejeitada com os votos do PS, PSD/A, PPM e CDS-PP.