Uma intervenção “fora de tempo” do presidente do Governo Regional dos Açores provocou, esta terça-feira, alguma agitação no decorrer dos trabalhos parlamentares, com a oposição a acusar a presidente da Assembleia Legislativa de má condução dos trabalhos.
A confusão gerou-se porque Vasco Cordeiro pediu a palavra para fazer um protesto, que dirigiu à intervenção da deputada do CDS-PP, aquando em debate sobre o sistema educativo, mas não logo após a intervenção desta, o que provocou a contestação.
Graça Silveira tinha pouco antes afirmado que “alunos que nascem mais inteligentes e com mais capacidade, aprendem em qualquer sistema educativo, está provado cientificamente, e temos uns quantos alunos brilhantes, mas a média dos alunos continua colado á mediocridade, e é isto que prova que o sistema educativo não está a funcionar”, considerando o presidente do Governo de “vergonhosa” a forma como foi colocada a questão, reduzindo o sucesso escolar a alunos “mais inteligente e outros menos inteligentes… prestando um mau serviço aquela que é a luta em que todos nós estamos envolvidos, a luta do sucesso escolar”.
“Não posso ficar calado neste plenário não apenas à intervenção da senhora deputada como ao silêncio que se lhe seguiu”, reagiu Vasco Cordeiro, mas não logo a seguir à intervenção de Graça Silveira, conforme previsto no regimento.
Ana Luís, presidente da ALRA referiu que não tinha como saber o teor das declarações do Governante quando lhe deu a palavra, dando oportunidade à deputada do CDS-PP de intervir, tendo esta recusado, pois ao aceitar o contraprotesto, “estaria a aceitar a má condução” dos trabalhos. “O regimento tem que ser para todos”, defendeu.
A mesa foi ainda interpolada por Artur Lima, líder do CDS-PP e por Paulo Estevão, líder do PPM, por Ana Luís, não ter interrompido Vasco Cordeiro, quando percebeu o conteúdo das suas declarações.
SM /Açores 24Horas