“Estamos a intervir na costa norte de São Miguel de uma forma integrada e pensada, não à toa, na procura de projectos megalómanos. Estamos a fazer intervenções que consideramos serem modernas e minimalistas”, disse Ricardo Silva no discurso oficial de inauguração, tendo como fundo um grupo de cerca de dez pessoas que, de forma pacífica, empunhava cartazes em que se lia, por exemplo, “protecção, consciência, requalificação, onde estão?”, ou “o Governo é daltónico: faz cinzento mas vende verde”.
No entanto, o autarca fez questão de salientar que a aposta na requalificação e modernização das zonas balneares do concelho é para continuar, “sempre dentro da legalidade” – que foi posta em causa por um grupo de pessoas que deram corpo a uma petição para que o projecto fosse reavaliado -, e revelou que a câmara municipal pretende requalificar as zonas balneares das Calhetas, porto de Santa Iria, Praia da Viola, e Maia, garantindo que “nos próximos quatro anos toda a costa norte de São Miguel estará dotada de infra-estruturas de qualidade nesta área”.
O autarca referiu ainda que vai manter a linha de rumo “que tem sido firme, mas que não tem sido inflexível”, procurando recolher as vantagens do diálogo. A obra inaugurada neste sábado inclui balneários públicos e instalações de apoio ao trabalho do Instituto de Socorros a Náufragos. “Em primeiro lugar, a obra é destinada à população do Porto Formoso”, disse Ricardo Silva. De facto, as opiniões recolhidas pelo Açoriano Oriental junto dos habitantes da freguesia revelam um agrado generalizado, e a desvalorização das críticas à dimensão da obra.
in AO