Proveitos do alojamento turístico sobem mais de 20% para 6.000 ME em 2023

O setor do alojamento turístico registou 30,0 milhões de hóspedes e 77,2 milhões de dormidas em 2023, mais 13,3% e 10,7% face a 2022, aumentando os proveitos totais em 20,1% para 6.000 milhões de euros, divulgou hoje o INE.
Segundo os dados preliminares do Instituto Nacional de Estatística (INE), no ano passado os proveitos de aposento terão somado 4.600 milhões de euros, o que representa uma subida de 21,3% relativamente a 2022.
Comparando com 2019, observaram-se “aumentos mais expressivos” de 40,2% nos proveitos totais e de 43,0% nos de aposento.
No conjunto do ano de 2023, os maiores crescimentos nos proveitos totais e de aposento ocorreram na Região Autónoma dos Açores (+25,9% e +27,7%), na Área Metropolitana de Lisboa (+24,5% e +25,7%) e no Norte (+24,2% e +25,5%, respetivamente).
Já face a 2019, os maiores aumentos nos proveitos totais e de aposento verificaram-se nas regiões autónomas (Açores com +60,3% e +62,3%, respetivamente, e Madeira com +60,2% e +72,3%).
O rendimento médio por quarto ocupado (ADR) aumentou 9,2% no ano passado, atingindo 113,1 euros, tendo-se registado os maiores crescimentos nos Açores e na Madeira (+14,3% em ambas) e na Área Metropolitana de Lisboa (+12,2%), enquanto o Algarve e o Alentejo apresentaram as evoluções mais modestas (+4,4% e +5,2%).
Quanto ao rendimento médio por quarto disponível (RevPAR), aumentou 15,4%, atingindo 64,8 euros.
De acordo com o INE, o menor crescimento do ADR face ao RevPAR reflete o aumento da taxa líquida de ocupação-quarto (+3,1 pontos percentuais, para 57,3%).
Em 2023, as dormidas aumentaram 2,1% nos residentes e 14,9% nos não residentes, em termos homólogos.
Do total de 77,2 milhões de dormidas (+10,7%) nos estabelecimentos de alojamento turístico, 73,3% concentraram-se nos 23 principais municípios, tendo o município de Lisboa concentrado quase um quinto (19,6%) do total, atingindo 15,1 milhões de dormidas (+13,6%; +3,5% nos residentes e +15,6% nos não residentes).
O INE detalha que este município concentrou 23,9% do total de dormidas de não residentes registadas no país em 2023 (23,8% em 2022).
Face a 2019, o instituto destaca o Porto (+28,0%), Funchal (+24,2%) e Lisboa (+8,3%) entre os municípios com maior representatividade no total de dormidas. Já Albufeira continuou aquém dos níveis pré-pandemia, tendo registado um decréscimo de 8,8%.
No mês de dezembro de 2023, o setor do alojamento turístico registou 1,8 milhões de hóspedes (+10,9%) e 4,0 milhões de dormidas (+8,2%), gerando 289,0 milhões de euros de proveitos totais (+13,9%) e 204,2 milhões de euros de proveitos de aposento (+15,0%).
Comparando com dezembro de 2019, continuam a registar-se aumentos mais expressivos, de +40,8% nos proveitos totais e +44,9% nos relativos a aposento.
O RevPAR situou-se em 36,2 euros (+9,2%; +7,7% em novembro) e o ADR atingiu 92,4 euros (+6,7%; +5,0% em novembro), tendo este último indicador atingido os valores mais elevados na Área Metropolitana de Lisboa (110,9 euros) e na Madeira (98,5 euros).
Considerando a generalidade dos meios de alojamento (estabelecimentos de alojamento turístico, campismo e colónias de férias e pousadas da juventude), registaram-se 32,5 milhões de hóspedes e 85,2 milhões de dormidas em 2023, correspondendo a crescimentos de 12,7% e 10,4%, respetivamente.
As dormidas de residentes aumentaram 2,5% e as de não residentes cresceram 14,8%.

 

 

Lusa

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