O líder do PS/Açores anunciou hoje que o partido vai votar contra o Plano e Orçamento da Região para 2022, alegando que o Governo Regional está distraído com a sua sobrevivência e não dá às necessidades da região.
“É esta a razão principal pela qual o Partido Socialista votará contra estas propostas de Plano e Orçamento, por uma razão simples, é que estas propostas de Plano e Orçamento não respondem àquilo que as famílias, que as empresas, que a sociedade açoriana necessitaria que estivesse a ser feito neste momento”, afirmou o líder regional socialista Vasco Cordeiro.
O ex-presidente do Governo Regional dos Açores e líder do maior partido da oposição falava, em Angra do Heroísmo, numa sessão pública sobre o Plano e Orçamento da Região organizada pela estrutura do PS da ilha Terceira.
No dia em que o líder nacional do Chega disse ter dado instruções ao deputado único do partido nos Açores para retirar apoio ao Governo Regional, Vasco Cordeiro acusou o executivo açoriano, da coligação PSD/CDS-PP/PPM de não se ocupar da sua função por estar “distraído”.
“Está desde logo ocupado a cuidar da sua sobrevivência. Aliás, como hoje se comprova bem”, apontou.
O líder regional socialista considerou que as propostas de Plano e Orçamento da Região não dão repostas a um cenário de previveis “perturbações” nos preços, na inflação e nas taxas de juro.
“Os Açores precisam de ter um governo focado nestes aspetos, em procurar e dar as melhores respostas àquelas que são as tempestades que se avolumam no horizonte”, frisou.
Vasco Cordeiro lembrou que o Chega não foi o único partido a ameaçar rasgar o acordo de incidência parlamentar com os partidos que formam a coligação e criticou a postura do executivo açoriano.
“Assistimos a toda esta telenovela, porque não tem outro nome. Às segundas, quartas e sextas é um partido que tira o apoio, às terças, quintas e sábados é outro partido que tira o apoio e ao domingo temos a única entidade que tem a responsabilidade de garantir as condições de estabilidade a dizer que está tudo bem”, salientou.
Para o líder regional socialista, os Açores estão “a cair numa situação em que o futuro da região já é quase negociado a pataco”.
“Há algo de errado e é fundamentalmente o facto de estar a falhar quem se assumiu como o garante da estabilidade desta solução, porque o problema, em bom rigor, não é dos pequenos partidos. Esses apenas estão a denunciar aquilo que, na sua opinião, não está a ser cumprido”, frisou.
Lusa