O Grupo Parlamentar do PS/Açores solicitou ao Governo Regional, no início desta semana, a divulgação urgente do Plano de Reestruturação da SATA, através de requerimento entregue no Parlamento Açoriano.
Carlos Silva explica que os socialistas querem “que os Açorianos conheçam a versão original do Plano de Reestruturação do Grupo SATA e todas as alterações já efetuadas até ao momento”.
O Plano de Reestruturação do Grupo SATA foi apresentado à Comissão Europeia e está a ser negociado, estando já, de acordo com informações públicas, na sua terceira versão, que incluiu uma alteração societária do grupo SATA e constituiu, de novo, quatro empresas e uma sociedade gestora de participações sociais.
Os deputados socialistas pretendem saber “quantas versões deste plano já foram apresentadas à Comissão Europeia” e se “estas alterações foram discutidas e aprovadas em sede de Conselho de Governo Regional dos Açores”.
O deputado Carlos Silva questionou, ainda, “qual o impacto das sucessivas alterações ao plano de restruturação no Orçamento da Região Autónoma dos Açores de 2022 e nos próximos anos?”.
Recorde-se que as linhas gerais do plano de reestruturação do Grupo SATA foram apresentadas em fevereiro de 2021, com o Presidente do Conselho de Administração da SATA a anunciar que o objetivo era “cortar custos e tornar a operação viável”, prevendo então que, “em 2021, a companhia aérea tivesse ainda perdas de 28 milhões de euros”, que “deveriam baixar para perto de zero em 2022 e chegar a lucros na ordem dos 23 milhões de euros em 2023”.
O parlamentar salientou que “estas previsões poderão já estar desatualizadas, tendo em conta o agravamento dos prejuízos da SATA para 90 milhões de euros nos primeiros nove meses de 2021, valor obtido após descontar os subsídios do erário público Açoriano”.
“Passado um ano, o Parlamento Açoriano e os Açorianos continuam sem ter acesso ao plano de reestruturação do grupo SATA e às suas sucessivas alterações. É alarmante que os Açorianos saibam do conteúdo do plano de reestruturação através de declarações de responsáveis políticos do PSD/A, consoante o interesse partidário, e não através do Governo Regional, no Parlamento”, lamentou o deputado do PS, Carlos Silva.
