O deputado do PS à Assembleia Legislativa dos Açores José Ávila acusou hoje o Governo Regional (de coligação PSD/CDS-PP/PPM) de “abandonar de vez” o porto de pescas da Praia, na ilha Graciosa.
Num requerimento entregue no parlamento açoriano, o deputado socialista refere a existência de várias avarias em equipamentos, ocorridas no porto da Praia, que estão a provocar “enormes constrangimentos” aos pescadores locais, perante a aparente apatia das autoridades regionais.
“Em causa está uma avaria no fornecimento de energia ao posto de combustível do porto, que se arrasta há mais de um ano, e que tem vindo a prejudicar gravemente a comunidade piscatória local”, lembra José Ávila, acrescentando que o gerador, entretanto colocado, de forma provisória, no local, acabou também por avariar recentemente, “deixando os pescadores e armadores graciosenses sem alternativas viáveis para o abastecimento de combustível”.
O deputado socialista diz que esta situação é apenas mais uma das “várias dificuldades que o setor enfrenta”, referindo-se também a outros problemas como a degradação dos pontões e de outros equipamentos portuários, incluindo a grua e o pórtico de varagem de embarcações, ou ainda a “gestão caótica das quotas” e “o recuo no investimento do entreposto frigorífico da Graciosa”.
“Este cenário tem imposto enormes constrangimentos, agravados pelos custos associados à supervisão dos abastecimentos manuais, exigidos pelas autoridades portuárias”, acrescenta o deputado.
Para José Ávila, o Governo Regional, liderado pelo social-democrata José Manuel Bolieiro, “não conseguiu resolver estas questões”, que “estão a causar enormes prejuízos a um setor já em dificuldades”.
No requerimento entregue na Assembleia Regional, o deputado socialista questiona o executivo se tem conhecimento da avaria no cabo de fornecimento de energia e sobre a razão para a demora na sua resolução.
A bancada do PS no parlamento açoriano pergunta também se o Governo Regional vai assumir as despesas com a deslocação das autoridades necessárias para supervisionar os abastecimentos manuais e se pretende requalificar os pontões, como já várias vezes foi prometido, mas até agora, não cumprido.
Lusa