O presidente da bancada parlamentar do PS/Açores centrou a declaração política que proferiu no parlamento regional nas próximas eleições legislativas, que considerou serem “um empecilho para aquilo que (Passos Coelho) julgava ser um facto consumado”.
Berto Messias criticou os social-democratas por apresentarem “propostas confusas, desmentidos sucessivos e explicações mal dadas”, salientando que “não houve uma ideia que não fosse rejeitada pela sociedade civil, nem houve uma única medida que não fosse rapidamente desfeita por sucessivos desmentidos”.
“Estamos perante um PSD que acha que Portugal deve ser um campo de experimentalismos para a sua impreparação, que anuncia antes de pensar e que até desmente antes de explicar”, afirmou, criticando também o PSD/Açores por ser “o camaleão da política regional”.
Para Berto Messias, o PSD/Açores “muda de cor conforme os acontecimentos, muda de convicções conforme as declarações dos seus líderes nacionais” e “deixa cair os Açores para ficar nas boas graças das estruturas nacionais do partido”.
Na resposta, Duarte Freitas, líder parlamentar do PSD/Açores, acusou os socialistas de serem os “campeões dos boatos” para diminuir as propostas da oposição
“Em 2009, o PS vendeu ilusões e promessas que depois não cumpriu e agora tenta vender temores em relação às propostas dos outros”, afirmou.
Por seu lado, Artur Lima, líder da bancada parlamentar do PP/Açores, acusou o PS de ter cedido perante a ‘troika’ ao não assegurar uma diferenciação nas penalizações a aplicar aos Açores e à Madeira.
“Os açorianos serão os mais prejudicados com o entendimento entre a troika e José Sócrates”, frisou Artur Lima, que é também líder regional do partido.
As críticas ao PS vieram também de Aníbal Pires, deputado e coordenador regional do PCP, para quem o PS, “por muito que se contorça e esperneie, está num beco sem saída e em rota de colisão” com os interesses dos açorianos.