PS acusa PSD de “ânsia cega de derrubar o governo”

O líder parlamentar do PS/Açores, Berto Messias, acusou a oposição pela “crise sem precedentes” que o país vive, criticando especialmente o PSD, que considerou ser “oportunista” e se reger por uma “ânsia cega de derrubar o governo”.
“A todos os apelos ao diálogo e à negociação, o PSD de Passos Coelho respondeu com uma ânsia cega de derrubar um governo que estava a dar tudo por tudo para defender o país de uma intervenção gravosa do exterior”, afirmou Berto Messias numa declaração política no plenário da Assembleia Legislativa Regional.

Berto Messias acusou o PSD de “má-fé política” e considerou que “a total impreparação do PSD de Passos Coelho é confrangedora”

Na sua intervenção, o líder parlamentar do PS/Açores estendeu as críticas a toda a oposição, considerando que os partidos à esquerda (PCP e BE) são “o cúmulo da inutilidade política”, já que são “incapazes de dialogar com quem quer que seja e acham que o mundo está em 1917”.

Quanto aos partidos à direita (PSD e CDS), frisou que são uma “oposição mais moderna, mais sofisticada, mas igualmente egoísta e irresponsável”.

Para Berto Messias, o CDS é um “abutre político”, enquanto o PSD é um partido “oportunista”, alertando que a ambição “pode ser um veneno que mata devagar”.

Nesta declaração política, Berto Messias alertou que a “negligência sem precedentes” da oposição vai ter consequências nos Açores, ainda que tenha admitido não saber qual a sua dimensão.

O líder parlamentar do PS/Açores desafiou ainda o PSD/Açores a esclarecer o que pensa sobre as posições de Passos Coelho, nomeadamente quanto às transferências para a região ou a privatização da RTP.

Na resposta, Duarte Freitas, líder parlamentar do PSD/Açores, ironizou, frisando que antes da demissão de José Sócrates os portugueses viviam “no país das maravilhas”, mas depois a situação mudou “por culpa de todos, menos do iluminado José Sócrates”.

Por seu lado, Artur Lima, do CDS/PP, também ironizando, elogiou o patriotismo dos socialistas por serem capazes de se “atirarem de um precipício atrás de José Sócrates”.

Aníbal Pires, do PCP/Açores, acusou Berto Messias de ter feito uma “tentativa parola e saloia de sacudir a água do capote”.

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