Esta posição foi transmitida aos jornalistas pelo presidente do Grupo Parlamentar do PS, Carlos César, no final da reunião semanal da bancada socialista.
No debate do Orçamento do Estado para 2019, na generalidade, a ministra da Cultura, Graça Fonseca, recusou descer o IVA de 13 para 6% da tauromaquia e alegou que se trata de uma questão de “civilização”.
Numa alusão às diferenças de opinião existentes entre os socialistas, Carlos César adiantou que, se a proposta do PS de descida do IVA da tauromaquia for avocada em plenário, os deputados socialistas terão liberdade de voto.
Entretanto o primeiro-ministro manifestou-se “surpreendido” com esta proposta do PS e frisou que se fosse deputado votaria contra.
“Estou muito surpreendido com esta iniciativa do Grupo Parlamentar do PS. Obviamente que se fosse deputado do PS votaria contra e tenho a esperança que a proposta apresentada pelo Governo na Assembleia da República” de manutenção do IVA da tauromaquia nos 13% seja aprovada, aplicando-se a redução do IVA para 6% aos espetáculos de teatro, dança e música”, reagiu o primeiro-ministro.
António Costa fez também questão de frisar que não está em causa qualquer proibição das touradas e que, enquanto primeiro-ministro, não se sente desautorizado pelo próprio PS.
“Se o Grupo Parlamentar do PS apresentasse uma moção de censura ao Governo, então sentir-me-ia necessariamente desautorizado. Mas, tenho a certeza de que mesmo os deputados [socialistas] que subscrevem essa proposta são apoiantes incondicionais do Governo, a começar pelo líder parlamentar [Carlos César]”, declarou o primeiro-ministro.
Açores 24Horas c/ Lusa