“Afirma que quer dar mais apoios sociais fazendo menos festas, mas diz que só sai da Câmara Municipal depois das grandes festas (do Espírito Santo), este ano apresentadas como as maiores de sempre, com mais de 40 eventos festivos”, afirmou Berto Messias, líder parlamentar do PS/Açores.
Berto Messias, na declaração política que proferiu na Assembleia Legislativa, frisou que “os Açores não precisam desta postura de retórica partidária inconsequente, onde é mais importante aparecer na televisão e nos jornais do que encontrar e discutir as verdadeiras soluções para o futuro dos Açores”.
O líder parlamentar socialista destacou na sua intervenção a importância da Convenção ‘Um Novo Ciclo para Vencer novos Desafios’, que o PS/Açores realizou no último fim de semana e permitiu reunir as contribuições recolhidas ao longo de mais de um ano de debates em todo o arquipélago.
Nesse sentido, considerou que as críticas feitas pelo PSD a esta convenção significam “uma enorme falta de respeito pelas várias centenas de açorianos que participaram nos debates”, representando “uma atitude de arrogância pura, própria de quem se acha dono das propostas para melhorar a vida dos açorianos”.
“A candidata do PSD/Açores, ao desmerecer estes contributos, está a desmerecer o pensamento, a reflexão e o espírito de propositura de centenas de açorianos”, frisou Berto Messias, para quem esta convenção “foi a prova da adequação do partido aos novos tempos, não ficando preso a uma cristalização que faz cada vez menos sentido num tempo que deve ser marcado pela interação entre as pessoas e as instituições políticas e partidárias”.
Na resposta, Duarte Freitas, líder parlamentar do PSD/Açores, considerou que, para os socialistas, “é mais importante atacar a líder do PSD do que valorizar o que fazem”, denunciando que o PS “faz oposição à oposição”.
Duarte Freitas frisou ainda que “saíram da convenção ideias que já tinham sido apresentadas pelo PSD”, salientando que “as ideias que eram más há alguns meses, agora são boas”.
Por seu lado, Aníbal Pires, do PCP, salientou que “os novos desafios (que o PS se propõe vencer) resultam de velhos desafios que não foram vencidos”, recordando que “muitas das promessas feitas pelo PS não foram cumpridas”.
No mesmo sentido, Artur Lima, do CDS-PP, acusou os socialistas de estarem a “reapresentar promessas não cumpridas” numa altura em que se aproximam as eleições regionais.
Para Artur Lima, a declaração política apresentada por Berto Messias foi “um conjunto de falsidades” e uma tentativa de “ludibriar os açorianos do princípio ao fim”.
“A vossa herança de 16 anos de governo é a maior taxa de desemprego da história dos Açores, o pior Serviço Regional de Saúde e a maior quantidade de falências de sempre”, afirmou, acrescentando que os socialistas “deixam pobreza, miséria e falência”.
Lusa