PS discorda do PSD sobre criminalidade

A Comissão Permanente do PS/Açores “refutou” este sábado a relação que a presidente do PSD/Açores “fez entre o aumento dos números da criminalidade violenta na Região e a conjuntura económica e social atual”.

“Peca pela total ausência de sentido, já que apenas se baseia numa interpretação pessoal dos números, chegando ao ponto de relacionar o aumento da criminalidade com as receitas da Região, uma leitura curiosa e que entra no campo do absurdo político”, lê-se num comunicado.

Em declarações, sexta-feira, à agência Lusa, Berta Cabral, considerou “muito preocupante” o aumento da criminalidade violenta no arquipélago ocorrido em 2010, afirmando que a situação de crise no país “está a acentuar a insegurança”.

Os socialistas, que “não desvalorizam os dados do Relatório Anual de Segurança Interna”, consideram que “é necessário desmistificar o assunto e passar a imagem correta”.

Sublinham que “o aumento [da criminalidade], no ano passado, de 12,9 por cento (271 crimes), corresponde a mais 31 crimes do que em 2009 e que isso se traduz num ratio, relativamente a este tipo de criminalidade na Região, por cada mil habitantes”.

O comunicado vinca que “enquanto o PSD/Açores exigia mais meios, sem nada fazer, o PS/Açores apresentou, no parlamento regional, uma proposta que prevê um novo modelo de afetação do montante das coimas de trânsito aplicadas nos Açores, para dotar a PSP e a GNR de melhores meios para o desempenho das suas missões” no arquipélago.

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