Para as secções socialistas de Ponta Delgada e de Vila Franca do Campo, a presença de Cavaco Silva na maior cidade dos Açores é uma “exceção” ao programa da visita ao arquipélago, que tinha como “objetivo anunciado dar visibilidade e aprofundar o conhecimento das chamadas ilhas da coesão”.
Cavaco Silva termina hoje uma visita aos Açores que iniciou na terça-feira e o levou às ilhas de Santa Maria, Graciosa, S. Jorge, Flores e Corvo, deslocando-se no sábado a Ponta Delgada para inaugurar o Centro de Estudos Natália Correia ao lado da presidente da autarquia, Berta Cabral, que é também líder do PSD/Açores.
A posição dos socialistas surge depois de o PSD/Açores ter acusado o Governo Regional de “provocação inadmissível” ao Presidente da República por marcar a inauguração de um troço de via rápida em S. Miguel na altura em decorre uma deslocação de Cavaco Silva a esta ilha.
“Trata-se de uma obra que podia ser inaugurada antes ou depois da visita presidencial ou mesmo integrada no seu programa oficial que era do conhecimento prévio da Presidência do Governo Regional”, refere um comunicado da Comissão Política Regional do PSD/Açores, referindo-se à inauguração da Variante a Vila Franca do Campo, integrada no Eixo Sul da SCUT de S. Miguel.
Na resposta, o PS defende que a visita presidencial “não pode traduzir-se na estagnação e paralisia da atividade normal dos órgãos de governo da Região”, acrescentando que esta inauguração decorre da “programação normal e regular” da atividade do executivo.
“Não pode o Governo dos Açores adiar a entrada em funcionamento de tão fundamental infraestrutura ao serviço das pessoas”, conclui o comunicado das secções do PS de Ponta Delgada e de Vila Franca do Campo.
