Berto Messias, que se estreou como líder parlamentar do PS/Açores, dividiu a sua intervenção no encerramento do debate do plano e orçamento para 2011 entre o reconhecimento dos esforços do Governo para minimizar os efeitos da crise e as criticas ao PSD.
“As prioridades para 2011 têm um forte cunho social”, afirmou, salientando que, “enquanto por todo o mundo os governos retiram apoios e direitos aos cidadãos, nos Açores temos um Governo que, graças à boa e equilibrada gestão financeira, incentiva e apoia as empresas, mantém o esforço da despesa de investimento e reforça os apoios sociais às famílias”.
Depois de afirmar a disponibilidade do PS para o diálogo com os outros partidos, acusou o PSD de “pretender apenas a publicidade das suas propostas demagógicas e não a averiguação da sua sustentabilidade”.
“Os tempos exigem coerência, responsabilidade e honestidade política”, frisou, acrescentando que o PSD está “entrincheirado em tiques persecutórios, incapaz de apresentar um projeto alternativo e credível para os Açores”.
O novo líder parlamentar socialista salientou que “é com os açorianos que o PS conta”, admitindo que surgem pela frente “tempos difíceis”, mas que “não há problema” que não se possa resolver.
Por seu lado, António Marinho, líder parlamentar do PSD/Açores, considerou que está “tudo como dantes”, frisando que se perdeu “uma nova oportunidade de restituir a esperança aos açorianos”.
“O governo continuará a viver bem. As famílias e as empresas açorianas, pelo contrário, terão novamente de aguardar”, afirmou, defendendo ser “urgente acudir aos problemas imediatos que os açorianos sentem na pele”.
Na sua intervenção, o líder parlamentar social democrata criticou as opções do Executivo em várias áreas, salientando que “o Governo está limitado a realidades virtuais”.
Considerando que o Plano e Orçamento propostos, na generalidade, “tornarão os Açores ainda menos sustentáveis”, disse que o PSD “não quer ser cúmplice da estratégia de falência” dos Açores.