A bancada do PS na Assembleia Legislativa dos Açores vai entregar uma proposta de pronúncia do parlamento regional contra o encerramento de serviços de finanças no arquipélago, criticando “mais uma medida restritiva e de cortes do Governo da República”.
O presidente do Grupo Parlamentar do PS/Açores, Berto Messias, disse que “o anúncio de que o Governo da República poderá encerrar 13 serviços de finanças nos Açores merece grande preocupação porque penaliza os cidadãos e contribui para a degradação de um serviço público essencial que cabe ao Estado assegurar”, além de aumentar o isolamento das populações e não assegurar um tratamento igual.
“O Partido Socialista é contra o fecho de Serviços de Finanças nos Açores e, por isso, irá propor que o parlamento açoriano se pronuncie contra mais esta medida restritiva e de cortes promovida pelo Governo da República”, disse Berto Messias, citado numa nota de imprensa do grupo parlamentar do PS/Açores.
Nos 19 concelhos açorianos estima-se que venham a encerrar treze serviços de Finanças nomeadamente os de Calheta (ilha de S. Jorge), Santa Cruz da Graciosa, Velas, Corvo, Lajes do Pico, Lajes das Flores, S. Roque do Pico, Santa Cruz das Flores, Lagoa, Nordeste, Povoação, Vila do Porto e Vila Franca do Campo, refere o PS.
“Esta é mais uma medida com a qual não podemos concordar pelo impacto óbvio e direto na vida das populações. Se o Governo da República do PSD e do CDS/PP mantiver a intenção de encerramento de treze Serviços de Finanças, haverá ilhas que deixarão de ter este serviço”, frisou Berto Messias.
O deputado considera que se trata de uma medida “reveladora de ausência de bom senso político e de desconhecimento da realidade do país” e manifestou-se ainda confiante de que a iniciativa do PS possa merecer um amplo consenso na Assembleia Legislativa dos Açores.
Por isso, apelou às restantes forças partidárias para que se juntem ao PS na tomada de uma posição política no parlamento contra a medida do Governo da República, alegando que se trata de uma matéria essencial que deverá estar acima das querelas partidárias.
Lusa