PS quer saber se Governo vai encerrar Serviço de Finanças na Calheta

Os deputados do PS na Assembleia da República eleitos pelo círculo dos Açores questionaram hoje o Governo sobre se pretende encerrar serviços de Finanças no arquipélago, nomeadamente o da Calheta, em S. Jorge.

“Vai o Governo da maioria PSD/CDS fechar o serviço de Finanças situado no concelho da Calheta, ilha de S. Jorge? Quantos serviços de Finanças irão encerrar na Região Autónoma dos Açores e quais?”, interrogam os deputados Ricardo Rodrigues e Carlos Enes.

O documento entregue na Assembleia da República pretende ainda saber se o Governo Regional dos Açores e as autarquias envolvidas foram informados, qual o impacto financeiro destas medidas e em que estudos se fundamentam, bem como as alternativas que se colocam aos cidadãos que forem afetados.

Neste requerimento, que surge na sequência de informações sobre o encerramento do Serviço de Finanças da Calheta, os dois deputados socialistas manifestam “profunda estupefação e revolta” com a possibilidade de virem a ser encerrados alguns serviços desta área no arquipélago.

A Comissão Política de Ilha de S. Jorge do CDS-PP também se pronunciou sobre esta questão, manifestando “profundo protesto” pelo eventual encerramento do serviço de Finanças da Calheta.

Para o CDS-PP de S. Jorge, trata-se de uma “decisão cega e centralista”, denunciando os “constrangimentos que acarreta” para os cidadãos.

“Não podemos concordar que um jorgense residente na zona do Topo tenha de gastar uma manhã ou uma tarde para se deslocar ao Serviço de Finanças das Velas para fazer um simples requerimento. É inadmissível”, refere o comunicado da comissão política, recordando que a viagem entre o Topo e as Velas “demora cerca de uma hora a percorrer”.

Por seu lado, o PS/Calheta apelou à “união de todos os partidos” para a manutenção do serviço de Finanças no concelho, recordando que já tinha alertado para esta situação em novembro do ano passado.

“Desafiamos os nossos deputados de ilha a ajudar os calhetenses a conquistar o direito que lhes é devido: manter a Repartição de Finanças aberta”, refere um comunicado do PS/Calheta.

Um grupo de cidadãos concentrou-se ao final da manhã de hoje frente ao Serviço de Finanças da Calheta para se manifestar contra o seu encerramento.

 

Lusa

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