“São inaceitáveis e falsas as pretensas denúncias de Berta Cabral, reveladoras da superficialidade e da falta de dimensão política para ocupar o cargo a que aspira, mas para o qual não inspira confiança porque transpira ciúmes desmesurados”, afirmou José Contente, coordenador da candidatura do PS/Açores.
José Contente, que falava numa conferência de imprensa em Ponta Delgada, reagia às declarações da líder social-democrata e candidata à presidência do executivo regional, que acusou o Governo Regional socialista de ter um “estilo opressivo e persecutório”.
No discurso que proferiu sexta-feira à noite na abertura do Congresso Regional do PSD/Açores, Berta Cabral afirmou que “são muitos os funcionários públicos, empresários e dirigentes associativos que estão a ser pressionados para subscrever listas de apoio público ao candidato do PS”, considerando esta situação “inaceitável em democracia”.
Na resposta, José Contente revelou que a candidatura de Vasco Cordeiro tem uma lista de apoio com “mais de 1.000 pessoas”, que vai ser divulgada em vários órgãos de comunicação social.
“Em vez de se querer imiscuir na vida interna do PS/Açores, a líder do PSD/Açores deveria aproveitar o seu tempo a apresentar propostas aos açorianos”, frisou, acrescentando ser “inacreditável” que Berta Cabral, num discurso de quase uma hora “não tenha dispensado um minuto para denunciar a austeridade sem limites que o seu companheiro Passos Coelho está a impor aos açorianos”.
Para José Contente, “se Berta Cabral quiser ser honesta politicamente consigo mesmo e, principalmente, com os açorianos, no domingo, olhos nos olhos com Passos Coelho, terá de afirmar que o PSD/Açores discorda frontalmente do que o Governo da República está a fazer aos Açores”.
“Se não o fizer, fica provado que este congresso do PSD foi uma perda de tempo e de dinheiro”, afirmou José Contente.
O primeiro-ministro e líder do PSD, Pedro Passos Coelho, participa domingo na sessão de encerramento do Congresso Regional do PSD/Açores, onde fará uma intervenção.
Lusa
