Após a apreciação das contas relativas a 2016, os Vereadores do Partido Socialista na Câmara Municipal da Ribeira Grande, manifestam a “sua profunda preocupação com o caminho despesista e descontrolado que o atual executivo camarário continua a seguir, e a incrementar cada vez mais, numa política de entretenimento sem qualquer estratégia nem mais-valia para o presente e futuro do concelho”, considerando que é a saúde financeira que está em causa e capacidade futura de enfrentar os desafios.
Os vereadores dão como exemplo a rubrica do Turismo, rubrica 3.4.2, onde no orçamento estavam previstos 400.000 euros, e aparecem no final do ano executados 808.000 euros, questionando o PS sobre o uso dado a esta verba, sustentando que, “ao longo do ano, apenas testemunharam a realização de muitos eventos e festas”.
Um dos outros exemplos citado é o facto da receita da câmara ter aumentado por via da subida do IMI – Imposto Municipal sobre os Imóveis, por via da receita do Imposto Único de Circulação, do IMT, da derrama, da receita extraordinária da EDA e da receita do IRS valor que ultrapassou os 4 milhões de euros,” mas que não se traduziu em mais investimento, pelo menos visível, e de mais-valia para a Ribeira Grande, ou seja, foram verbas que foram gastas e não investidas” acusam.
A oposição socialista na Câmara da Ribeira Grande, acrescenta que em relação às despesas correntes, “se verificou um crescimento de 30% de 2014 para 2016, facto que explica a queda abrupta de liquidez financeira, deixando a câmara com menos meios para fazer face à sua dívida de curto prazo. A liquidez imediata do município passou de 3,6% em 2014 para apenas 0,2% no final de 2016”.
Baseados nestes factos, os Vereadores do PS eleitos pela autarquia dizem não ter outra alternativa que não seja o voto contra os documentos, considerando que “não pode este executivo do PSD delapidar os recursos financeiros do concelho desta forma. Em total desrespeito pelos seus contribuintes, hipotecando assim o seu futuro, como infelizmente já aconteceu em outros concelhos desta ilha, em que os seus munícipes estão a pagar, hoje, essas políticas despesistas e descontroladas”, reiteram.
Açores 24Horas