PS/Açores acusa oposição de demagogia e populismo no debate da reforma da Saúde

O líder parlamentar do PS nos Açores defendeu hoje que a reforma do Serviço Regional de Saúde é essencial para a sua sustentabilidade, eficácia e sobrevivência e acusou PSD e CDS de “demagogia” e “populismo” para obterem “dividendos eleitorais”.
Berto Messias falava em Ponta Delgada, no encerramento das jornadas parlamentares do PS açoriano, que foram dedicadas à proposta de reestruturação do Serviço Regional de Saúde (SRS), apresentada recentemente pelo Governo dos Açores e que está em debate público, tendo os deputados reunido durante toda a manhã, à porta fechada, com Luís Cabral, responsável pela pasta da Saúde no executivo.
O líder parlamentar dos socialistas, que têm maioria na Assembleia Legislativa dos Açores, considerou que esta é uma “reforma fundamental” para a região continuar a ter “um bom Serviço Regional de Saúde” e também para a “própria autonomia”.
“Ao contrário daquilo que defende o maior partido da oposição [nos Açores, o PSD] não queremos entregar o Serviço Regional de Saúde à responsabilidade do Governo da República”, afirmou, acrescentando que o “Governo da coligação da desgraça, entre PSD e CDS-PP, é responsável pelo maior ataque ao serviço público de que há memória” e entende que “reformar é sinónimo de cortar”.
Berto Messias sublinhou que uma matéria “tão sensível” como é a saúde “não pode estar sujeita a jogos políticos de ocasião”, insistindo nas críticas ao PSD e ao CDS-PP.
Assim, acrescentou, se ao Governo Regional se exige que “esclareça todas as dúvidas” e “dê, como tem dado, a necessária fundamentação técnica e política em que se baseia esta reforma”, dos partidos da oposição “mais do que críticas populistas desgarradas da realidade, mais do que alarmismos irresponsáveis, o que se espera é propostas concretas devidamente fundamentadas, rigorosas e exequíveis”.
Neste contexto, fez “um apelo aos açorianos”: “Não se deixem enganar, não vão atrás da demagogia e populismo daqueles que estão na política baseados na capitalização de pequenos descontentemos com o objetivo de retirar dividendos eleitorais”, afirmou, lembrando que este ano há autárquicas.
Berto Messias sublinhou que o documento em discussão não está fechado e que durante a sua elaboração foram ouvidos profissionais do setor, parceiros sociais e partidos políticos. Por outro lado, registou a “disponibilidade total” do Governo dos Açores para prestar esclarecimentos e estar em sessões de debate sobre a reforma.
Quanto ao PS, disse que estará também disponível para esclarecer “quem de boa fé pretenda ser esclarecido” e para procurar o maior consenso possível nesta reforma.
Berto Messias garantiu ainda que os socialistas nunca deixarão que seja posto em causa “a segurança das populações e o acesso a bons cuidados de saúde nas ilhas dos Açores, independentemente do concelho ou freguesia”.

 

Lusa

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