O PS/Açores apelou hoje a “um esforço de consenso” em torno da reestruturação do Serviço Regional de Saúde, reiterando que tem ouvido com “grande atenção os alertas” e que apresentará contributos para melhorar a proposta do Governo Regional.
“O documento apresentado não se encontra fechado. Certamente que há vários aspetos que podem e devem ser melhorados. O PS está a trabalhar para apresentar os seus contributos. Seria bom que os partidos da oposição participassem, de modo construtivo e responsável, nesse debate. Apelamos por isso que haja um esforço de consenso”, afirmou o líder parlamentar dos socialistas no Parlamento dos Açores.
Berto Messias falava em Angra do Heorísmo, na ilha Terceira, no encerramento das jornadas parlamentares do partido, que foram dedicadas à reestruturação do Serviço Regional de Saúde (SRS).
O Governo dos Açores divulgou a 10 de maio uma proposta de reestruturação do SRS, com vista a garantir a sua sustentabilidade, que está em discussão pública. A proposta tem sido criticada pela generalidade da oposição nos Açores, mas também por parte de outros setores e entidades, como a Ordem dos Médicos ou autarcas, incluindo do mesmo partido do Governo Regional, o PS.
“O PS e o Governo [Regional] já manifestaram grande abertura e disponibilidade. Esperamos que, em benefício do interesse público e da salvaguarda do debate democrático, se abandone o discurso radical e o tom alarmista. Os açorianos esperam dos responsáveis políticos serenidade, diálogo e sentido de responsabilidade”, afirmou Berto Messias, citado num comunicado do partido.
O líder parlamentar do PS/Açores diz que os deputados socialistas têm ouvido “com grande atenção os alertas e as recomendações que sobre esta matéria têm surgido”.
“Há matérias com as quais estamos de acordo e outras sobre as quais temos reservas. O grupo parlamentar vai apresentar várias propostas no sentido de melhorar o documento”, acrescentou.
Berto Messias disse ainda que não aceita a “alternativa do PSD” açoriano para responder ao problema da sustentabilidade do SRS: “Entregar a Saúde ao Governo da República, como defendeu o PSD, constitui um retrocesso autonómico inaceitável”, considerou.
Lusa