“Da parte do PS/Açores, estamos absolutamente disponíveis para, em diálogo, continuarmos a trabalhar nas melhores soluções, nas soluções açorianas para ultrapassar com a maior brevidade possível este desafio”, disse André Rodrigues, deputado na Assembleia Legislativa regional.
“Os tempos que vivemos exigem dos responsáveis políticos a máxima responsabilidade”, afirmou, na intervenção que encerrou as jornadas parlamentares dos socialistas açorianos, que decorreram na ilha de S. Jorge.
As jornadas parlamentares do PS/Açores tiveram como tema a proposta do Governo regional de Orçamento e de Plano anual de investimentos para 2013.
“Apelamos a todos os partidos da oposição que deixem de lado os guiões nacionais, que deixem de parte os preconceitos. Aqueles que dizem ser contra a austeridade radical, que dizem ser contra o fim dos apoios sociais, que dizem querer combater o desemprego, só podem em coerência apoiar este plano e orçamento para 2013”, disse o deputado.
André Rodrigues afirmou que uma “apreciação política séria e rigorosa” dos documentos orçamentais tem de ter em consideração que a economia nacional, “a economia de referência” dos Açores, “mergulhou numa recessão histórica”, responsabilizando o Governo central.
“Perante as evidências e os avisos de reputados economistas nacionais e estrangeiros, o Governo da República continua a revelar um autismo político inquietante. Os Açores, com uma economia ultraperiférica, aberta e exposta à conjuntura externa, tem vindo igualmente a sofrer os efeitos das políticas recessivas e da austeridade radical que o Governo do PSD/CDS impõem”, afirmou.
Na mesma intervenção, o deputado sublinhou o “rumo diferente” que o Governo regional e o PS/Açores têm seguido, tentando paliar os efeitos da crise.
Assim, destacou que o plano e orçamento para 2013 “salvaguarda e até reforça” os apoios sociais e “operacionaliza” aquela que foi assumida como a “prioridade” do Governo regional desde que tomou posse, em novembro: a promoção do emprego e da competitividade.
André Rodrigues sublinhou que, ao contrário do que acontece com o Governo nacional, que considera o desemprego uma “inevitabilidade”, o PS e o Governo dos Açores “não se resigna”.
Garantindo que há um ano os Açores tinham a segunda maior taxa de desemprego do país e têm agora a segunda mais baixa, acrescentou que os socialistas não estão “satisfeitos” e deixou mais um apelo à oposição: “Precisamos que todos, parceiros sociais e partidos políticos apresentem contributos e sugestões válidas e exequíveis para estimular a criação do emprego”.
Lusa