PSD/A considera precipitada” e “desalinhada” reação de Vasco Cordeiro à manutenção das verbas do POSEI

O PSD/A considerou hoje, que a euforia manifestada por Vasco Cordeiro com o anúncio de que o POSEI para os Açores não irá sofrer cortes foi “precipitada”, porque as negociações com vista ao reforço da verba ainda decorrem em Bruxelas, e “desalinhada” dos interesses dos agricultores, que já alertam que a atual verba não serve as necessidades.

“A reação de Vasco Cordeiro ao anúncio do Comissário Europeu da Agricultura de que se mantém o POSEI para os Açores foi precipitada e está desalinhada dos interesses dos agricultores, do PSD/Açores e do próprio PS/Açores, partidos que aprovaram no parlamento açoriano duas iniciativas nas quais é defendido o reforço das verbas para a PAC e POSEI”, afirma o deputado Antonio Almeida.

Segundo o porta-voz do PSD/Açores para a Agricultura, a reação de Vasco Cordeiro “é própria de quem está mais preocupado com um suposto sucesso negocial, mesmo que esse suposto sucesso negocial não sirva os interesses e as necessidades dos agricultores açorianos, do que em defender a Agricultura açoriana”.

“Vasco Cordeiro não só canta vitória com a manutenção de uma verba que não serve a perca de rendimento dos agricultores açorianos, como parece querer antecipar o desfecho das negociações, o que deixa a sensação de que o Governo regional não espera, de facto, vir a conseguir em Bruxelas um reforço do envelope destinado ao POSEI”, sustenta.

António Almeida condena ainda o ataque do ministro da Agricultura aos deputados do PSD/Açores na Assembleia da República e no parlamento regional e salienta que um “bom negociador”, como admite ser o ministro Capoulas Santos, “não canta vitória antes do desfecho das negociações com fez ontem o senhor ministro ao lado de Vasco Cordeiro”.

“Não se entende o facto de o ministro da Agricultura congratular-se com a manutenção das verbas do POSEI para os Açores, em vez de apresentar elementos sólidos junto da Comissão Europeia na defesa de uma Região Ultraperiférica como a nossa, sobretudo depois de anunciar um aumento dos apoios diretos aos agricultores do continente, esquecendo a mesma contrapartida para os agricultores açorianos”, afirmou.

“O POSEI nos Açores corresponde ao 1.º pilar da PAC no continente que, como é sabido, terá um aumento de 160 milhões de euros. Neste quadro, como é que se pode classificar o anúncio da manutenção do POSEI para os Açores como uma ‘excelente notícia’ e um ‘motivo de satisfação acrescida’, como disse o presidente do Governo regional?”, questiona.

António Almeida lembra que foram aprovadas no parlamento açoriano duas iniciativas legislativas, uma do PSD/Açores e outra do PS/Açores, onde se assumia que um bom resultado para a Região será o reforço do POSEI e do 2.º pilar da PAC, para onde está anunciado um corte de 15%.  “

“Mantemos a expetativa positiva relativamente ao aumento de fundos do POSEI e da PAC nos Açores, porque conhecemos a situação da agricultura e os agricultores açorianos e as suas necessidades”, concluiu.

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