PSD/A não fará campanha partidária às Europeias face ao “declarado e consciente ataque à Autonomia dos Açores”

A secretária-geral do PSD/Açores anunciou hoje que os social-democratas açorianos não farão qualquer ação de campanha partidária, após a recusa da direção nacional do partido em atribuir um lugar elegível à estrutura regional na lista ao Parlamento Europeu.
“Perante a recusa de atribuir um lugar elegível à nossa Região, que contraria o património do Partido fundador da Autonomia, o PSD/Açores decidiu que não fará qualquer ação de campanha partidária na Região”, afirmou Sabrina Furtado, em conferência de imprensa.
A dirigente social-democrata, que apresentou as conclusões da reunião da Comissão Permanente do partido, salientou que os militantes açorianos saberão dar a “melhor resposta” nas eleições de 26 de maio, face ao “declarado e consciente ataque à Autonomia dos Açores” feito pela direção nacional do PSD”.
“Estamos certos que a melhor resposta a esta desconsideração virá do povo açoriano. O PSD/Açores apela aos seus militantes para que, nas eleições europeias, defendam a nossa Região, exercendo assim o seu dever cívico. O PSD/Açores apela aos seus militantes para que exerçam o seu direito de voto e se dirijam às urnas”, disse.
Sabrina Furtado destacou a “grande coragem e firmeza” do presidente do PSD/Açores, Alexandre Gaudêncio, “colocando a defesa dos Açores em primeiro lugar”, ao recusar indicar um nome para oitavo lugar da lista ao Parlamento Europeu.
“A Comissão Permanente subscreve as tomadas de posição do presidente do PSD/Açores neste processo. Encorajamos o presidente do PSD/Açores a manter a determinação demonstrada na defesa da Região, por mais ameaças veladas de processos disciplinares que possam surgir”, sublinhou.
A secretária-geral do PSD/Açores assegurou que os social-democratas açorianos “não se deixarão intimidar com um eventual processo disciplinar” imposto pela direção nacional.
“E a haver não é um, terão de ser dezenas de processos disciplinares a dirigentes do PSD/Açores, porque estamos juntos. Nada nos demoverá de defender os Açores em primeiro lugar”, frisou.
A dirigente social-democrata açoriana lembrou ainda a “desconsideração” que o líder nacional do PSD, Rui Rio, teve em relação aos Açores neste processo de formação da lista ao Parlamento Europeu.
Questionada sobre a eventual vinda de candidatos e dirigentes nacionais aos Açores e sobre a forma como seriam recebidos, Sabrina Furtado afirmou que “a sede do PSD é património do PSD e estará naturalmente aberta”, salientando que “a Comissão Política Regional não participará em qualquer ação de campanha partidária, contribuindo sim para a sensibilização de apelo ao voto e combate à abstenção”.
Sabrina Furtado acrescentou que “o PSD não começa nem acaba com o dr. Rui Rio e a defesa dos Açores não acaba nas eleições europeias”.
A secretária-geral do PSD/Açores garantiu que o partido “jamais se demitirá das questões europeias, que estarão sempre presentes na nossa ação política”.
“Por exemplo, estamos já a desenvolver a proposta de criação de um Círculo Eleitoral dos Açores ao Parlamento Europeu, para que, no futuro, nenhuma estrutura – de qualquer partido – nesta Região tenha de andar com a mão estendida à boa vontade de Lisboa ou Porto”, concluiu.
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