PSD/A quer Força Aérea a abastecer urgentemente a ilha das Flores. Executivo diz que opção já está a ser equacionada

Foto - Bruno Costa

O deputado do PSD/Açores Bruno Belo defendeu hoje que o Governo Regional deve solicitar a colaboração da Força Aérea para o “abastecimento urgente” da ilha das Flores, alegando que “faltam bens essenciais para a população”.

“As prateleiras dos supermercados da ilha das Flores estão vazias. Já não há leite para vender. Uma padaria só tem farinha para mais dois dias. E acabaram as rações para o gado. Esta situação é insustentável”, afirmou o parlamentar.

Segundo o social-democrata, “estando a ilha das Flores sem abastecimento por via marítima há 24 dias e atendendo às limitações do transporte de carga nos aviões da SATA, só o recurso à Força Aérea pode ajudar a resolver este problema”, lembrando, que de acordo com a Constituição da República, “as Forças Armadas – e a Força Aérea neste caso em particular – podem ser incumbidas de colaborar em tarefas relacionadas com a satisfação de necessidades básicas e a melhoria da qualidade de vida das populações”.
“As prateleiras vazias nos supermercados e a falta de muitos bens essenciais comprovam que o abastecimento à ilha das Flores, na sequência dos estragos provocados pelo furacão Lorenzo, não está a funcionar”, frisou.

Entretanto, a Secretária Regional dos Transportes e Obras Públicas assegurou hoje, que “tem estado a avaliar todas as alternativas de transporte possível, incluindo o recurso às Forças Armadas”, para abastecimento à ilha das Flores, afirmando que já foi contactado o Comando Operacional dos Açores (COA), que “coordena os três ramos das Forças Armadas, e que está a identificar os recursos que poderá afetar a um abastecimento extraordinário, porque se trata de um abastecimento excecional neste caso”.

Ana Cunha, em declarações à Comunicação Social, adiantou que está a aguardar informação por parte do COA, mas acrescentou que, da parte do Governo dos Açores, “também estamos a fazer um levantamento daqueles que são os bens essenciais que é necessário levar para o Grupo Ocidental neste momento”.

Para já, afirmou a Secretária Regional, “certa é a vinda do ‘Malena’”, não havendo qualquer alteração à informação inicialmente divulgada de que o navio estará na Região a 10 de janeiro “e começará a carregar para seguir para as Flores, conforme o inicialmente programado”, logo que as condições meteorológicas o permitam.

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