O PSD/Açores considerou hoje “incompreensível” que o presidente do governo regional seja contra uma proposta de revisão da lei das finanças regionais que “garante mais dinheiro” para a Região.
“Carlos César bem se esforçou por tentar confundir os açorianos. Mas os açorianos não compreendem como pode o presidente do governo regional estar contra uma lei que garante mais 7,4 milhões de euros para os Açores”, afirmou, em comunicado, a comissão política regional dos social-democratas.
Segundo o PSD/Açores, a proposta de revisão da lei das finanças regionais “ganha ainda maior pertinência perante as dificuldades económicas que afectam os açorianos”.
“A proposta é boa para a Madeira e boa para os Açores. Parece que só não é boa para José Sócrates. César preferiu ficar do lado de Sócrates e contra os Açores. Trocou a ‘Sapateia’ pelo ‘Vangelis’. O PSD/Açores coloca sempre primeiro os Açores e só depois o PSD. Temos um caminho próprio e temos um rumo definido”, salientaram os social-democratas açorianos.
A comissão política regional do partido, que reuniu na passada sexta-feira, manifestou também a sua “maior preocupação” pelas dificuldades económicas que os Açores atravessam, com “gravíssimas consequências para a viabilidade das empresas e para a estabilidade das famílias”, e que fazem com que “mais de seis mil açorianos já não tenham emprego”.
“O presidente do governo regional decretou o fim da crise há seis meses, mas os açorianos sabem e sentem que os problemas se agravam cada vez mais por falta de soluções adequadas. O PS tenta iludir-nos com um ‘oásis cor-de-rosa’ e o PSD está ao lado dos açorianos partilhando a preocupação dos que não têm emprego”, referiram os social-democratas.
O PSD/Açores alertou para o facto dos sectores da construção civil e do turismo serem os “mais afectados pela crise económica, produzindo efeitos em cadeia em toda a economia regional” e lembrou que as medidas de combate à crise aprovadas pelo governo “não estão a produzir os efeitos necessários”.
Para os social-democratas, o governo “deve lançar obras públicas de forma faseada, assegurando assim uma oportunidade às empresas regionais”, além de criar um “plano excepcional que permita às empresas regularizar os seus compromissos com o fisco e com a segurança social”.
O PSD/Açores acrescentou que os sistemas de incentivos às empresas devem ser “convenientemente adaptados” à nova realidade económica e financeira e defendeu que “o desenvolvimento económico em geral e do turismo em particular exige um modelo de transporte que imprima maior competitividade ao destino Açores”.