O PSD da Praia da Vitória respondeu hoje às declarações recentes do presidente da autarquia sobre “a denúncia que fizemos, na passada sexta-feira, relativamente ao aumento do tarifário dos parquímetros”, referindo ser aquele um assunto que a câmara municipal “procurou esconder dos praienses pois, tratando-se de uma medida impopular, Roberto Monteiro não apareceu a anunciá-la, limitando-se a aprovar os aumentos com os votos da maioria socialista, na esperança de os praienses não darem por nada”, reiteraram.
A concelhia liderada por Paulo Ribeiro explica que o PSD “não deixou que a medida fosse tomada nas costas dos munícipes, principalmente numa altura em que a cidade precisa de atrair gente ao seu centro histórico”, o que motivou “a reacção habitual do executivo presidido por Roberto Monteiro, ou seja o ataque à oposição, acusando o PSD de demagogia e de desconhecimento dos dossiers”, afirmam.
Os social-democratas questionam então o executivo sobre as razões que levaram a câmara “a anunciar a isenção de algumas taxas relativas à realização de obras, com as quais concordámos votando a favor, mas sem aflorar os aumentos dos parquímetros?”. E rebatem as declarações do actual edil, que “procura descredibilizar o PSD dizendo que os aumentos são anuais e automáticos sendo que, mais uma vez, falta à verdade pois, em 2007, por exemplo, não se efectuaram aumentos dos parquímetros”, afirmam.
O actual regulamento “já vigora há quase oito anos, quatro dos quais sob a responsabilidade do PS”, prossegue um comunicado divulgado hoje, onde o PSD local, defende que “passado todo este tempo, faria todo o sentido a sua revisão, iniciativa que a câmara já devia ter tomado” mas, “e muito provavelmente, decorre a espera até perto das eleições, altura em que, então com conferência de imprensa, se anunciará a descida daquilo que se subiu à revelia dos habitantes do concelho”, perspectivam.
O PSD da Praia salienta ainda o facto de, no concelho vizinho, “e apesar da empresa concessionária ser a mesma, assim como o regulamento, não se prever aumento das taxas”, o que deixa em aberto que “por isso, esta medida tem por único objectivo extorquir dinheiro a todos quantos pretendam visitar o centro, dificultando a vida ao comércio local e de modo a justificar a introdução dos mini-buses, numa cidade onde já se viu que o modelo não funciona”.
A concelhia laranja confirma ainda que, de facto, o contrato de concessão dos parquímetros “foi aprovado pelo PSD, mas o PSD não votou sozinho, tendo o regulamento sido aprovado por unanimidade em reunião de câmara, quando o actual presidente era vereador”, mas recorda que os parquímetros “foram introduzidos na Praia em vésperas de eleições, com todas as consequências políticas que daí poderiam advir, não tendo o executivo da altura embarcado em populismo ou em demagogia, nada escondendo aos praienses”, explicam.
Os social-democratas concluem, dizendo não ser verdade “que o aumento dos parquímetros não tem influência nas receitas da câmara, pois metade da receita dos parquímetros reverte a favor dos cofres da autarquia”. Assim, quando Roberto Monteiro afirma que o aumento dos parquímetros “não tem qualquer efeito sobre as receitas municipais, ou desconhece o regulamento, o que é grave, ou está deliberadamente a mentir, o que é ainda mais gravoso”.
