PSD diz que Governo dos Açores finge recuar na Saúde “para eleitor ver”

O PSD considera que a nova versão da reestruturação da Saúde nos Açores mantém muitas “ineficiências” e o Governo Regional “finge” recuar em algumas matérias, como a criação de um centro hospitalar, numa estratégia “para eleitor ver”.
“O documento agora apresentado mostra um governo que recua em poucas coisas e finge que recua noutras”, considera a direção dos sociais-democratas nos Açores, num comunicado hoje divulgado.
O Governo dos Açores apresentou no domingo a versão final do Plano de Ação para a Reestruturação do Serviço Regional de Saúde, depois de ter colocado um documento inicial à discussão pública.
“Infelizmente para os açorianos, o Governo Regional decidiu mudar a capa ao anterior documento, mantendo muitas das ineficiências da velha proposta, nomeadamente o encerramento noturno de vários centros de saúde, o que constituiu um significativo retrocesso civilizacional na qualidade e na proximidade que sempre foi reconhecida ao Serviço Regional de Saúde”, considera a Comissão Política Regional do PSD.
Para os sociais-democratas, “é verdade que o governo regional foi obrigado a recuar devido à reprovação generalizada dos açorianos a um modelo centralizador de prestação de cuidados de saúde, mas também não é menos verdade que em alguns pontos o documento agora apresentado parece mais para eleitor ver até às próximas eleições autárquicas”.
Assim, diz o PSD que apesar de “recuar na redução de especialidades nas ilhas Terceira e Faial, o Governo finge recuar no Centro Hospitalar do Açores” já que “o documento indicia que vão começar a ser implementados os procedimentos de centralização administrativa para, no próximo ano, poder proceder à sua instalação, passado o período eleitoral”.
“Temos um conjunto de medidas adiadas para 2014 e que agora surgem disfarçadas atrás da retórica eloquente do governo regional”, prosseguem os sociais-democratas, referindo que “as decisões operacionais sobre serviços em diversos concelhos só serão verdadeiramente avaliadas e decididas no próximo ano, como é o caso flagrante de São Jorge e do Pico”.
Para o PSD/Açores, “a luta dos açorianos deve continuar para que as propostas de cortes desapareçam definitivamente e para que o Governo Regional não se prepare para fazer depois de 29 de setembro o que agora não quis assumir na totalidade”, considerando estar em causa o “maior ataque ao Estado Social da história da autonomia”.
“Não havendo limitações orçamentais, como o Governo Regional não se cansa de afirmar, o PSD/Açores entende não existir qualquer motivo para que se cortem cuidados de proximidade aos açorianos”, diz o PSD, que lamenta ainda que o executivo socialista da Região não tenha acatado as propostas dos sociais-democratas, como a criação de Unidades de Saúde Familiar.
O PSD reitera ainda que dada “a situação financeira em que se encontra o Serviço Regional de Saúde”, é lamentável que o documento apresentado para a reforma do setor “continue a não fornecer qualquer informação sobre esse assunto”.

 

Lusa

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