O vereador disse que a posição socialista “é a mesma coisa que dizer que não quer fiscalização, nem debate e quer o mínimo contacto possível com a oposição”.
Na sequência da renúncia ao mandato da anterior presidente e dos dois vereadores eleitos pelo PS, os socialistas anunciaram que Sofia Couto será a nova presidente da autarquia, assumindo António Gomes e José Ventura os restantes dois lugares do partido na vereação.
Para evitar a realização de eleições, o PS colocou, no entanto, duas condições, que são a aprovação do orçamento e plano de investimentos da câmara nos termos propostos pela presidente da câmara e a restituição de todas as delegações de competências que foram retiradas aos membros do executivo.
António Ventura defendeu que a situação da autarquia “não se pode transformar numa anedota”, frisando que “é preciso devolver o orgulho aos angrenses e a angra”.
“O PSD está e sempre esteve disposto a ajudar na governação da câmara”, afirmou António Ventura, recordando é necessário “privilegiar o debate profundo de ideias para benefício dos angrenses”.
Por seu lado, Artur Lima, vereador do CDS/PP, considerou que “em democracia, a atitude do PS é uma atitude arruaceira”, frisando serem “ridículas” as exigências apresentadas pelos socialistas.
Para Artur Lima, a exigência de aprovação do orçamento não faz sentido, recordando que “os orçamentos foram sempre viabilizados pela oposição”, enquanto a retirada de competências “apenas aconteceu porque o anterior executivo se furtou ao diálogo, enveredando pelo caminho da arrogância e prepotência e escondendo informações da oposição”.
A próxima reunião do executivo municipal de Angra do Heroísmo, composto por três elementos do PS, três do PSD e um do CDS/PP, realiza-se na quinta feira às 09:30.