PSD e PS defendem manutenção de postos de trabalho portugueses

O PSD/Açores alertou hoje para a necessidade de um “consenso abrangente” entre as forças partidárias regionais no sentido da defesa dos postos de trabalho portugueses no destacamento norte-americano instalado na Base das Lajes, na ilha Terceira.

Clélio Meneses, vice-presidente da bancada parlamentar do PSD/Açores, afirmou à Lusa que a salvaguarda dos empregos ocupados por portugueses deve ser uma prioridade naquilo em que a Região puder intervir no quadro da anunciada intenção norte-americana de reduzir a sua presença militar na Base das Lajes.

“A defesa de postos de trabalho numa altura em que a Região enfrenta uma dramática situação de desemprego terá de estar na primeira linha”, frisou Clélio Meneses, que falava no final de uma reunião com o Sindicato dos Trabalhadores da Alimentação, Bebidas, Comércio, Escritórios e Serviços dos Açores (SABCES).

O dirigente regional social-democrata sublinhou a particular importância do emprego assegurado pelo destacamento militar norte-americano na economia da ilha Terceira.

As forças norte-americanas instaladas na Base das Lajes têm ao seu serviço 683 trabalhadores portugueses efetivos e 86 contratados a termo, sendo o principal empregador da Terceira, excluindo a administração pública, salientou Clélio Meneses.

A questão dos postos de trabalho portugueses no destacamento norte-americano foi também analisada na quinta-feira numa reunião do líder parlamentar do PS/Açores, Berto Messias, com os responsáveis do SABCES.

“Aconteça o que acontecer nos próximos tempos, temos de garantir os direitos dos trabalhadores, os seus postos de trabalho e as contrapartidas para a Região pelo uso de uma base de grande valor estratégico”, defendeu Berto Messias.

O líder parlamentar do PS/Açores, citado num comunicado do partido, considerou ainda que as notícias recentes sobre a intenção dos EUA de reduzir a presença na Base das Lajes estão envoltas em “inúmeras indefinições e imprecisões”, frisando que são necessários esclarecimentos sobre “as razões que levaram uma ou ambas as partes [Portugal e EUA] a querer rever o acordo existente”.

 

Lusa

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