PSD propõe criação de sociedade anónima para assegurar serviço público de rádio e televisão

O PSD/Açores denunciou a “situação insustentável” em que se encontra a RTP/Açores, propondo a criação de uma sociedade anónima de capitais públicos e privados para assegurar uma “melhor prestação” do serviço público de rádio e televisão na região.
“O PSD/Açores defende a criação de uma sociedade anónima, composta por capitais do Estado, da Região e de instituições representativas da sociedade civil açoriana”, afirmou Berta Cabral, presidente do PSD/Açores, numa conferência de imprensa em Ponta Delgada.

Para a líder regional do PSD, trata-se de criar uma “estrutura autónoma que não dependa das oscilações de Lisboa”, admitindo que os social-democratas açorianos estão a avançar “com um projecto próprio, autónomo” do que o Governo da República está a preparar para a RTP.

Berta Cabral salientou que o PSD/Açores pretende com esta proposta “afirmar a sua posição própria com uma visão estratégica de futuro”, considerando que o serviço público de rádio e televisão nos Açores é “imprescindível” para a afirmação da autonomia regional.

Na perspectiva do PSD/Açores, “o actual modelo de serviço público caminha de mal a pior”, acusando os governos socialistas na República e na Região de serem os responsáveis pela actual “situação insustentável”.

Para os social-democratas açorianos, “o serviço público de televisão e rádio é dever do Estado”, que o deve financiar.

Relativamente à sociedade anónima que o PSD/Açores propõe para assegurar uma “melhor prestação” desse serviço público, Berta Cabral afirmou que ser ter capital “maioritariamente público”, mas remeteu uma definição do capital social para mais tarde.

Numa análise da actual situação da RTP/Açores, Berta Cabral defendeu a necessidade de “melhor aproveitamento dos recursos humanos disponíveis, gestão mais adequada dos equipamentos existentes e um modelo mais atualizado no uso das novas tecnologias de informação”.

Um futuro governo regional liderado pelo PSD/Açores, segundo Berta Cabral, dará também especial atenção aos jornais e rádios privados que existem na região, “não com uma visão tutelar de tentação intervencionista, mas com o respeito institucional que a sua missão merece”.

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