PSD quer alterar proposta de Código de Acção Social para evitar parcerias público-privadas

O PSD/Açores anunciou que vai propor alterações ao Código de Acção Social apresentado pelo executivo socialista, entre as quais a eliminação da possibilidade de criação de parcerias público-privadas.
“O grupo parlamentar do PSD vai apresentar um conjunto de propostas de alteração, das quais se destaca a eliminação da possibilidade de criação de parcerias público–privadas, fazendo assim com que não se continue a comprometer por esta forma o futuro das finanças regionais”, afirmou o líder parlamentar social-democrata, Duarte Freitas, citado num comunicado divulgado numa conferência de imprensa em Ponta Delgada.

Para Duarte Freitas, “o PS quer criar mais parcerias público–privadas, agora na área social, fugindo ao rigor imposto pelo quadro da receita e despesa do Orçamento Regional e às orientações plasmadas no acordo celebrado entre o Governo da República e o FMI [Fundo Monetário Internacional], o BCE [Banco Central Europeu] e a Comissão Europeia”.

O PSD/Açores vai ainda propor alterações para “vincar o apoio e a valorização das instituições particulares de solidariedade social” e “assegurar que a Assembleia Legislativa intervenha na aprovação dos critérios relativos às prestações a pagar pelos utentes, tendo em conta os seus rendimentos”.

Duarte Freitas salientou que o Código de Acção Social é um documento de “enorme importância”, defendendo que a proposta do Governo Regional “deve ser suficientemente reflectida quer pela sociedade civil quer pelos legisladores”.

Relativamente ao documento proposto pelo executivo socialista, o responsável frisou que “o PS, que enche a boca com o Estado social, apresenta um código que abre caminho para o agravamento das comparticipações dos utentes dos serviços sociais protocolados com o Governo Regional”.

O líder parlamentar do PSD/Açores considerou ainda que o executivo regional se debate com um “dilema”: “As finanças públicas regionais estão em derrapagem, mas há que manter a aparência de que tudo corre pelo melhor, desde que o contribuinte vá pagando cada vez mais pela manutenção, pelo menos de nome, do Estado Social”.

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