O PSD/Açores pediu hoje informações ao governo regional sobre “o actual estado do plano de ordenamento e gestão florestal dos Açores”, denunciando que o mesmo “está em elaboração desde 2005”, salientam os social-democratas num requerimento enviado à assembleia legislativa, e que integra igualmente um lote de questões relativas à floresta açoriana, um subsector da agricultura que o PSD considera “com crescente potencialidade económica, social, energética e turística, ou seja, com uma valorização múltipla que tem de ser devidamente aproveitada”, explicam.
Assim, os deputados laranja questionam também a tutela sobre a manutenção de caminhos florestais, nomeadamente “quais os que serão alvo de intervenção em 2009 e em que ilhas”, isto tendo em conta “queixas recentes dos agricultores devido ao estado deplorável, que evidencia um abandono por parte do governo na conservação de alguns caminhos”, diz o porta-voz do partido para o sector. António Ventura explicou também que uma correcta gestão e planeamento da floresta pública na região “é fundamental para a conservação e o desenvolvimento sustentável daquele valioso recurso natural, que constitui um importante património natural e genético”.
Os social-democratas frisam que “o contributo energético que a floresta encerra na procura de energias alternativas renováveis é importante”, pelo que “interessa compreender se têm existido estudos para a utilização da biomassa florestal e se o governo regional está a desenvolver algum projecto nessa área”, assim como não pode ser esquecido “o factor de atractividade turística que encerram os nossos parques florestais”, pelo que o documento enviado à assembleia requer dados respeitantes “às suas condições de acessibilidade, instalações sanitárias e de sinalética interpretativa e informativa”, no sentido de “melhores condições para os visitantes e utentes regulares”.
“As espécies florestais existentes entre nós são outra preocupação eminente”, explica ainda António Ventura”, conquanto o PSD pretende saber “quais as espécies exóticas que estão a sofrer estudos de adaptabilidade na região” e “quais os resultados obtidos no âmbito da introdução dessas espécies como alternativas”. Finalmente, e pretendendo “dados fiáveis para uma correcta interpretação da realidade actual”, o requerimento laranja solicita “uma listagem, com discriminação anual, da área beneficiada com espécies autóctones florestais nos últimos dois anos” e a relação “das acções de formação realizadas para os produtores, assim como das previstas para 2009”, conclui o parlamentar.