Os vereadores do PSD votaram contra a prestação de contas da câmara municipal de Angra do Heroísmo, relativa ao ano de 2008, tendo deixado claro que a taxa de execução “de 65%, relativa aos investimentos propostos para o ano passado provou, uma vez, a incapacidade do executivo socialista em dar um verdadeiro rumo ao concelho”.
Carla Bretão e Paulo Marcelino destacam que a maioria do PS na câmara de Angra do Heroísmo “só dá razão ao PSD quando, ao longo destes três anos, fomos afirmando que existiu um real baixar de braços, que há falta de iniciativa, desmotivação, desleixo e incompetência”, explicaram.
O PSD tem denunciado, ao longo dos anos, “a falta de visão do partido socialista e a ausência de um plano estratégico de desenvolvimento para o concelho”, para além “da falta de concretização de medidas que confiram a Angra e aos angrenses o que o concelho e as pessoas merecem”, refere Carla Bretão, para quem “os alertas e as denúncias da nossa vereação vão ficando, ano após ano, provados, com os documentos de prestação de contas apresentados pela autarquia a evidenciarem baixíssimas taxas de execução dos investimentos propostos”.
Segundo a vereadora social-democrata “verifica-se, por outro lado, um significativo aumento na atribuição de subsídios e nas transferências – cerca de 40% -, o que é revelador da tentativa de disfarce da incapacidade de execução através da distribuição de dinheiros públicos”, aliás “uma forma típica de actuação dos socialistas” critica, acrescentando que “à ideia de uma solução definitiva face ao buraco financeiro deixado por Sérgio Ávila, está o PS a responder com a tentativa criar novo buraco financeiro no concelho”.
Carla Bretão diz ainda que “para o actual estado do concelho foram contribuindo, e além do referido buraco financeiro – que demorou até ser descoberto -, a falta de estabelecimento de prioridades nos poucos investimentos surgidos e que nos levou, por exemplo, à situação caótica vivida com o abastecimento de água”, sem dúvida a “confirmar a incapacidade de execução registada nos últimos doze anos”, esclareceu.
Carla Bretão e Paulo Marcelino repudiaram ainda “as referências e insinuações vergonhosas, recentemente feitas pelo CDS/PP, aos vereadores do PSD”, assinalando que “deixamos bem claro que o que nos move é o bem do concelho e a qualidade de vida dos angrenses e não a politica baixa da insinuação cobarde, sem factos concretos”, reafirmando que “esse tipo de atitudes fica com quem as toma e é demonstrativo do carácter de cada um”, afirmam.
Os vereadores do PSD recordam que a sua responsabilidade política de “participar, acompanhar, fiscalizar e denunciar” a acção da maioria socialista na câmara de Angra “está convictamente concretizada nas diversas posições tomadas em sede de reunião e perante a comunicação social”, considerando lamentável que, “apenas por estarmos em vésperas de eleições aqueles que, com o seu voto favorável têm apoiado os planos e orçamentos do PS, venham agora tentar pôr em causa o trabalho sério de quem, durante quatro anos, tem desmascarado o falhanço da governação autárquica socialista”, concluem.