Os 79 Milhões de euros previstos no Orçamento e Plano anual para os setores da educação, cultura e desporto, anunciados esta terça-feira na Horta, por Avelino Meneses, são segundo a oposição insuficientes para fazer face às necessidades que, nomeadamente o sector da educação regista na Região, fazendo uma leitura que contraria o governo acusando-o de desinvestimento no sector, pese embora o Secretário da Educação tenha anunciado um acréscimo de fundos para as escolas de formação, investimento nas escolas Canto da Maia, em S. Miguel, e da Calheta, em S. Jorge, preveja avançar com a empreitada da escola das Capelas, tenha anunciado o reforço das verbas com a Ação Social Escolar e com os projetos para aquisição de equipamentos e tecnologias didáticas e pedagógicas, como garantia do desenvolvimento do ProSucesso.
Sublinhando o governante que “o maior desafio de hoje consiste em incutir no espírito dos mais novos a convicção de que vale a pena estudar, porque a distinção entre o desenvolvimento e o atraso está precisamente na aprendizagem”, ressalvando que “ na educação a prioridade consiste na convergência das habilitações académicas e profissionais com as dos cidadãos de todos os Estados Membros da União Europeia”, foi desafiado pela deputada do PSD/Açores Maria João Carreiro a “assumir a educação como o pré-requisito elementar para o desenvolvimento político e económico, para a democracia e igualdade social, e a passar dos slogans e das intenções à definição clara de uma nova geração de políticas capazes de inverter os maus resultados do sector”.
Maria João Carreiro aponta “a incoerência nos discursos do secretário da Educação e do Governo, que nos seus documentos admite que os resultados da Educação “são os números em que nenhum açoriano se pode rever, entendendo que as opções assumidas pelo Executivo nos documentos orçamentais “não traduzem a urgência desta prioridade, na medida em que o Plano proposto para 2017 prevê uma redução em 11,5% em relação ao programado para o ano passado”, considerando que o Plano e Orçamento apresentado “reflete promessas várias vezes sufragadas e não cumpridas de construções escolares”, acusou a deputada.
Apontando o dedo aos números de abandono escolar e questionando sobre verbas para combate á iliteracia, o PSD/Açores “não ignora os progressos alcançados, por mais mínimos que sejam”, mas defende uma nova geração de políticas que “permita às escolas e aos professores diversificar os meios de ação para, como mais autonomia profissional, tomarem as decisões que se revelem necessárias à resolução dos problemas, e possibilite aos pais e às famílias um cada vez maior envolvimento individual e acompanhamento da vida escolar dos alunos, bem como a sua participação na definição da orientação estratégica da escola”, defendeu a social-democrata.
No decorrer da discussão sobre o Orçamento e Plano de Investimento para o setor da educação, o Grupo Parlamentar do Partido Socialista “deixou claro que são evidentes os bons resultados já alcançados”, tendo Sónia Nicolau desafiado os partidos da oposição a contribuir. “Os partidos da oposição não podem ser mais um muro, que negam em validar os progressos obtidos”, defendendo que “todos são capazes de aprender!” e que “quem diz o contrário, disfarçadamente, está a contribuir para um retrocesso civilizacional”, disse a deputada socialista.
“Dizemos presente ao compromisso com os açorianos…que nada menos exigem que o cumprimento do mesmo”, considerou ainda Sónia Nicolau, afirmando que nos documentos apresentados a debate está plasmada “85% da nossa palavra com o povo açoriano”.
Açores 24Horas